A derrota do Sporting em Braga, sob acção directa de um jogador que duas semanas antes estava a treinar-se sob as ordens de Paulo Bento, voltou a relançar o debate (também interno, segundo apurou o CM) da forma como a SAD leonina gere a política de empréstimos.
Passadas menos de 24 horas, há quem se interrogue como foi possível o Sporting não salvaguardar a (não) utilização de Wender no jogo contra a sua própria equipa, bastando para tal retardar a troca com o defesa Abel (que nem jogou em Braga...) durante uma semana. Até porque, convém recordar, Wender foi (re)integrar-se numa estrutura que já conhecia muito bem, funcionando como peça devidamente oleada, pelo que não seria de estranhar que, com o auxílio de motivações psicológicas que sempre existem nestes casos, fizesse um bom jogo.
Eduardo Barroso, médico cirurgião e reconhecido adepto do Sporting, disse ao CM que esta situação “talvez pudesse ter sido evitada”. Sem querer avaliar as motivações dos responsáveis ‘leoninos’, o ex-comentador de programas desportivos diz que, acima tudo, “estes empréstimos a meio da época são muito complicados”. E concretiza: “É estranho ver jogar Wender contra o Sporting, tal como é ver jogar Moretto na baliza do Benfica na jornada seguinte a ter actuado contra o próprio Benfica. Mas as leis deixam isto acontecer”.
Em causa, contudo, está o procedimento da SAD leonina. Há um ano, recorde-se, já algo parecido sucedera. Silva foi emprestado ao Vitória de Guimarães (no início da época) e no jogo contra o Sporting marcou dois golos. O caso não teve a ‘gravidade’ de agora porque os ‘leões’ venceram por 4-2. Mas gerou um aceso debate interno. Agora tudo parece ter regressado à estaca zero. Luís Duque, igualmente ouvido pelo CM, também não opina sobre este acto de gestão da SAD (“eles é que sabem...”). Mas de uma coisa está seguro: “Se é o Sporting que está a pagar o ordenado do Wender, ele não deveria poder jogar. Se é o Braga, então nesse caso tudo bem. Isto independentemente da oportunidade do empréstimo, sobre a qual prefiro não me pronunciar”, referiu.
O assunto poderá então voltar à agenda dos responsáveis da SAD leonina. Mas para já, o Sporting ficou a ver três pontos... por um canudo.
JOGADOR RECUSA IDEIA DE VINGANÇA
Apesar de confessar não ter conseguido ainda encontrar uma razão para a sua dispensa do Sporting, Wender desvaloriza qualquer motivação de vingança para a exibição de sábado. O brasileiro diz que sobressaiu a “responsabilidade de um profissional”, agora ao serviço do Sporting de Braga.
“Há coisas que nos acontecem na vida e que nunca conseguimos explicar; queria vencer em Alvalade, mas infelizmente correu mal”, lamentou Wender, que até confia em regressar a Alvalade pela porta grande. A provar que não sente rancor em relação ao Sporting, expressou votos de boa sorte para os ex-colegas e deixou um desejo: “Se o Braga não for campeão, que seja o Sporting”.
HUGO VIANA OUT
Na época passada o Sporting foi impedido pelo Newcastle de utilizar Hugo Viana (a jogar em Alvalade sob empréstimo dos ingleses) nos jogos que opuseram as duas equipas na Taça UEFA. Um exemplo que agora não foi seguido.
MACIEL E O FC PORTO
Já esta época fez notícia a não utilização de Maciel pela União de Leiria no jogo contra o FC Porto (detentor do passe do jogador). Apesar da lebre levantada pelo técnico leiriense, sobre a proibição do FC Porto, o atleta ficou impedido de actuar por ordem superior. No final, basta invocar as ‘opções técnicas’.
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