Arouca apaga dragão na luta pelo título

O FC Porto comprometeu muito seriamente as ambições de conquistar o título de campeão, com uma derrota, em pleno Dragão, por 1-2. O resultado encerra as piores consequências para os azuis-e-brancos, que continuam a seis pontos do Benfica e podem ficar a oito do Sporting, se os leões vencerem hoje o Rio Ave.

A equipa de Peseiro estava proibida de falhar (depois da goleada do Benfica no terreno do Belenenses, por 5-0), a cinco dias do clássico da Luz frente às águias, mas falhou em vários capítulos. O primeiro foi na falta de concentração – aos 10 segundos, o Arouca colocou-se em vantagem, com Zequinha a ganhar a José Ángel e a servir Walter González, que, dentro da área, encostou.

Pelo meio, Casillas e Maicon ficaram a ver jogar. Pior início era impossível e o FC Porto tentou reagir. Com ansiedade, mas lá foi conseguindo. Um grande cabeceamento de Aboubakar para defesa de Bracali foi o primeiro sinal de inconformismo de uma equipa com várias falhas posicionais e que sofreu muito com os rápidos contra-ataques do Arouca (Mateus teve uma oportunidade, isolado, que Casillas defendeu, e o mesmo Casillas travou um remate, sem oposição, de Nuno Coelho).

O FC Porto também teve oportunidades. Marcou, após canto de Layún e cabeceamento de Aboubakar, e teve uma outra ocasião, por Corona, que Bracali defendeu. José Ángel teve um tiro de pé direito, por cima da trave. Sem sinais de ser convincente, o FC Porto jogava em esforço, como se o chão lhe fugisse debaixo dos pés. Tudo muito individualizado, o que, com a passagem dos minutos, acelerava a vontade de fazer depressa e bem, mas que geralmente acabava mal.

O Arouca, com a lição muito bem estudada e muito personalizado em todos os setores, agrupou-se, e bem, atrás, sofreu um golo (pareceu bem anulado) e, pouco depois, Walter González voltou a causar estragos, ao aproveitar um ‘brinde’ de Maicon, que perdeu a bola para o adversário e foi assobiado. O que era difícil, mais difícil ficou, numa equipa à deriva e à qual de nada valeu o forcing final e reforço do ataque com Marega.

Ficaram os assobios e a derrota em casa, a primeira da temporada na Liga.