Benfica acusa Jesus de traição e de mentir
Águias exigem indemnização de 14 milhões.
Jorge Jesus é acusado de traição, de mentir e de deslealdade, no processo que o Benfica lhe colocou no Tribunal do Barreiro (deu entrada a 13 de outubro), e em que pede uma indemnização de 14 milhões de euros (um euro por cada adepto).
A traição é sustentada com o facto de as águias considerarem que Jesus manteve uma atividade ilegal com o Sporting (pelo menos desde abril de 2015) e de ter negociado com Bruno de Carvalho enquanto era treinador do clube da Luz, sem que tenha informado o empregador.
No que diz respeito à mentira, os encarnados defendem que Jesus, ao contrário do que afirmou, não foi escorraçado do seu local de trabalho e impedido de entrar nas instalações do clube (4 de junho). Sublinham mesmo que os pertences que Jesus tinha no Seixal foram levados para o seu domicílio com o seu consentimento. E o Benfica classifica como curiosa a conclusão que o treinador tirou com a "falsidade propalada" do episódio do centro de treinos, ao afirmar que tal situação tinha consubstanciado um "despedimento ilícito".
O Benfica lembra também que as conversações de Jesus com o Sporting duraram vários meses. Que as negociações foram consumadas nos primeiros dias de junho e formalizadas a 5 de junho de 2015, dia em que a CMVM foi informada.As águias recordam que nesse período Jesus tinha contrato com o clube (até 30 de junho). Perante tais argumentos, a que junta o facto de o técnico alegar que foi despedido a 4 de junho, o clube da Luz diz ser pouco coerente que reclame o pagamento do mês de junho e que apenas poderia ter direito a 3 dias de salário.
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