Claques ficam sem cadeiras nos estádios e fãs forçados a ter cartão de adepto

Zona especial para espectadores dentro dos estádios de futebol. Tarjas com mais de um metro só podem ser exibidas nesse local.

22 de julho de 2019 às 01:30
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A nova lei da violência no Desporto, já aprovada no Parlamento, prevê que as claques fiquem em zonas específicas dos estádios sem cadeiras. A lei, que aguarda a promulgação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inclui também um aumento das multas aos grupos organizados de adeptos (GOA) e aos clubes, com a hipótese de serem aplicados jogos à porta fechada.

Há outras alterações importantes, como a definição de uma zona especial de permanência de adeptos, espaço onde têm de estar todos aqueles que quiserem, por exemplo, exibir tarjas com dimensões superiores a 1 metro de largura por 1 metro de comprimento.

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A utilização de tambores ou megafones também fica limitada a essas zonas, em que apenas podem estar os GOA ou adeptos que, individualmente, estiverem registados e tiverem um cartão de adepto.

O registo passa a ser feito na Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, organismo recém-criado e cuja sede é inaugurada esta segunda-feira em Viseu.

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O Benfica, único dos três grandes que não tem qualquer claque legalizada, está contra o registo destes adeptos e, sabe o CM, prepara-se para defender a inconstitucionalidade desta lei.

"Não são claques. Vou manter até ao fim, e, no fim, vamos ter razão. Não sou obrigado a identificar as pessoas. Eles têm de identificar-se é para serem sócios", disse, em outubro, o líder benfiquista.

PORMENORES

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Claques legalizadas

Segundo dados divulgados em fevereiro, há 28 grupos organizados de adeptos em Portugal, com um total de 4701 membros.

Jogos à porta fechada

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O Benfica já foi punido com jogos à porta fechada (1 a 4), mas escapou pelo efeito suspensivo dos recursos e pelos regulamentos da Liga.

Multa de 56 mil euros

Em agosto de 2018, o Benfica foi punido com um jogo à porta fechada e uma multa de mais de 56 mil euros, por alegado "apoio reiterado a grupos organizados de adeptos não legalizados".

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