Clubes em pânico com milhões em risco na Liga

Presidente da Liga disse que está tudo praticamente por fazer na centralização e que valores apontados são irrealistas. Discurso surpreendeu face ao otimismo que era manifestado por Pedro Proença.

19 de abril de 2025 às 01:30
Reinaldo Teixeira Foto: Fernando Veludo/Lusa
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“Tenho obrigação de afirmar o seguinte: as narrativas não podem sobrepor-se à realidade”; “O exemplo francês e a realidade do mercado dizem que as avaliações à nossa liga podem ficar aquém das melhores expectativas.” Estas duas frases de Reinaldo Teixeira, na tomada de posse como presidente da Liga de Clubes, caíram que nem uma bomba. Sabe o Correio da Manhã que vários dirigentes desportivos estão em pânico com a possibilidade de a centralização dos direitos audiovisuais, obrigatória a partir de 2028/29, não render os milhões de euros prometidos.

“Temos de sair rapidamente dos estudos e ir falar diretamente com o mercado. Por isso, solicitámos já reuniões formais a todos os operadores, e plataformas de distribuição de conteúdos”, acrescentou Reinaldo Teixeira, noutra declaração que surpreendeu muitas equipas. Isto porque, nos últimos anos, Pedro Proença, enquanto presidente da Liga, insistiu na valorização dos direitos em 300 M € por ano, com base num estudo feito pela consultora EY. Do mesmo modo que, nas conversas que ia tendo com os clubes, o agora presidente da FPF mostrava-se otimista em alcançar aquele montante.

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A posição pública de Teixeira tem ainda a agravante de dificultar a venda dos direitos dos clubes que terminam contratos em 2026. É o caso de Benfica e Sp. Braga, entre outros.

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