Ronaldo: “Não estou a pensar no casamento agora mas penso que ela [Gio] merece e eu mereço. Estou a pensar nisso”
Após excertos polémicos, entrevista foi transmitida pela primeira vez na televisão britânica.
Entrevista de Piers Morgan a Cristiano Ronaldo está a ser transmitida pela primeira vez esta quarta-feira, no Reino Unido. A conversa entre o craque português e o jornalista está dividida em duas partes, a serem transmitidas esta quarta e quinta-feira na Talk TV.
As críticas
-- Ninguém gosta de ver pessoas de sucesso.
-- Às vezes não percebo porque é que a imprensa me critica tanto.
-- Sinto-me orgulhoso por ter tantos seguidores e fãs. Pergunto-me muitas vezes: 'Porquê eu?' Acho que é mais do que ser um bom jogador, mas também é importante ser carismático e bonito. Sou uma fruta apetitosa.
-- Não perco tempo com pessoas que não gostam de mim. Gosto de estar rodeado de quem gosta de mim.
-- Não percebo o porquê das crítimas do Rooney. 'Será que tem ciúmes?' Ainda no ano passado estava na minha casa a jogar com o meu filho. Não percebo. As pessoas podem ter a sua opinião, mas não sabem o que realmente se passa dentro do campo ou na minha vida.
-- O Rooney e Neville aproveitam-se da minha fama. Não são meus amigos.
-- Roy Keane foi o melhor capitão de sempre para mim. Não é porque diz bem de mim, mas porque era um ótimo amigo dentro do balneário.
A morte do filho
-- A morte do meu filho foi o pior momento da minha vida desde que o meu pai morreu. Eu e a Georgina passámos por momentos difíceis e não percebíamos porque nos tinha acontecido a nós.
-- Nunca tinha sentido alegria e tristeza ao mesmo tempo. Não sabia se sorria ou chorava. Não sabia como reagir ou o que fazer.
-- Eu e o Cristiano Júnior chorámos juntos quando lhe contei sobre a morte do bebé.
-- Comecei a ver a vida de uma forma diferente e a olhar para a Gio também de maneira diferente.
-- As cinzas do bebé estão aqui em casa com as do meu pai. Temos uma pequena capela em casa e é lá que estão os dois. Falo com eles muitas vezes.
-- Recebi uma carta da Família Real britânica a dar condolências quando o meu filho morreu.
-- Agradeço muito à comunidade britânica pelo apoio que me deu.
-- Não estou a pensar ter mais filhos mas o futuro a Deus pertence.
-- A Georgina é uma pessoa muito madura para a idade e ajuda-me muito.
-- Não estou a pensar no casamento agora, mas penso que ela merece e eu mereço. Estou a pensar nisso.
O clube
-- Dou a entrevista porque é o tempo para dizer alguma coisa.
-- Estive perto de jogar pelo Manchester City.
-- Ir para o Manchester United foi uma boa decisão.
-- Eu não sigo os recordes, os recordes seguem-me a mim.
-- Quando assinei pelo Manchester, achei que tudo iria estar diferente. Fiquei surpreendido, pela negativa, porque vi que tudo estava igual.
-- Nada mudou desde 2009. Nem a piscina, os cozinheiros, o ginásio. Pararam no tempo. O progresso foi zero.
-- Um clube com esta dimensão deveria estar no topo.
-- Nunca ouvi falar de Ralf Rangnick.
-- Não gosto de treinadores que se acham a última Coca-Cola do deserto.
-- Os jovens têm as coisas mais facilmente. Não têm de lutar por nada. Não são iguais aos da minha geração. Não têm 'fome' de vencer.
-- Quando tinha 18 ou 19 anos olhava sempre para os jogadores mais experientes. Os jogadores mais novos não fazem isso.
-- Não gosto de dar conselhos, gosto de ser o exemplo. Porque eu sou o exemplo.
-- Esta geração não vai conseguir manter uma performance elevada durante tantos anos quanto os jogadores da minha idade.
-- Diogo Dalot é um jogador novo, esperto, muito profissional. Vai ter uma carreira longa.
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