Defesa de Jesus quer Maxi a depor

A defesa de Jorge Jesus admite colocar Maxi Pereira como testemunha no processo em que o Benfica exige 14 milhões de euros ao antigo treinador, apurou o Correio da Manhã.

A forma como o lateral-direito Maxi Pereira diz ter sido tratado durante o processo da renovação do contrato e que fez com que acabasse por rumar ao FC Porto tem muitas semelhanças com a situação do treinador. Ontem mesmo, o jogador uruguaio prestou declarações sobre o assunto a um jornal do seu país.

Tal como Maxi Pereira revela, também Jorge Jesus garante não ter sentido vontade por parte do clube ou de Luís Filipe Vieira em avançar para a renovação do contrato. Situação paralela que colocou ambos na porta de saída, acabando os dois por rumar aos mais diretos rivais das águias, Sporting e FC Porto.

Outro ponto em comum: a forma hostil como passaram a ser vistos a partir da Luz. O treinador chegou a falar de represálias por parte do Benfica após ter sido alegadamente impedido de entrar no centro de estágio do Seixal.

O Benfica exige 14 milhões de euros na ação que interpôs contra Jorge Jesus no Tribunal do Barreiro, cujos fundamentos decorrem de alegados contactos mantidos pelo seu ex-treinador com um funcionário do Sporting ainda durante a vigência do anterior contrato. O treinador é ainda acusado de apropriação de software confidencial do clube da Luz. A indemnização pedida pelo Benfica foi feita com base no cálculo de "um euro por cada adepto", embora as argumentações sublinhem que os danos foram bem superiores.

Os leões já reagiram e acusam o Benfica de ter antecipado o timing da ação para desviar as atenções do caso das prendas aos árbitros.