Credor pede falência do Sporting
Clube defende-se em tribunal contra empresa e alega que os maiores credores não avançam com ações.
Uma empresa especializada na recuperação de créditos pediu a insolvência da SAD do Sporting, por uma dívida de mais de meio milhão de euros. A ação já está no Tribunal do Comércio de Lisboa e o Sporting já contestou.
A ação foi interposta em março, mas o tribunal começou por rejeitá-la. Foi por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que a ação acabou por ser aceite. O Sporting já respondeu e contesta o pedido de insolvência, garantindo que a SAD tem estabilidade financeira. Enumera depois os cinco maiores credores para explicar que nenhum deles pediu a falência do Sporting, porque a SAD lhes dá garantias de estabilidade.
"Nenhum dos cinco maiores credores da SAD alegou qualquer incumprimento, nem sequer recorreu a qualquer meio judicial para recuperar os seus créditos, o que é sintomático da seriedade e honorabilidade dos compromissos assumidos", pode ler-se na resposta dos verdes-e-brancos.
No mesmo documento, fica no entanto a saber-se que a Sporting SAD deve mais de 56 milhões ao Novo Banco. Ao Milenium a dívida ultrapassa os 29 milhões, sensivelmente o mesmo que o Sporting deve a um banco de investimento com sede na Alemanha.
O quarto maior credor é da casa. É a Sporting Comunicações Plataformas a quem a SAD deve 12 milhões. Segue-se um fundo de investimento irlandês, em que a divida é de 6 milhões.
O processo está neste momento nas mãos do juiz do Tribunal do Comércio que vai decidir se avança ou não com a insolvência. Podem também juntar-se outros credores, numa altura em que se sabe que o Sporting deve pelo menos 40 milhões a fornecedores.
O risco de falência é cada vez maior, numa altura também em que se aproxima a renegociação da dívida com a banca. Em novembro, o Sporting tem de fazer novo empréstimo obrigacionista.
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