Mourinho mete as mãos no Ferrari

José Mourinho apresentou-se para o seu primeiro dia no regresso ao Benfica em grande estilo. Foi à garagem e meteu as mãos no Ferrari 612 Scaglietti, joia automobilística que lhe foi oferecida em 2008 por Roman Abramovich no final da primeira passagem pelo Chelsea. Uma forma simbólica de se colocar ao volante de um outro Ferrari, como um dia Jorge Jesus, um dos seus vários antecessores no cargo, chamou à equipa do Benfica. “Sou o treinador de um dos maiores clubes do Mundo”, disse o treinador de 62 anos no Seixal, na sua primeira intervenção como novo dono do balneário do emblema da águia.

Mourinho assinou contrato até 2027. Mas o acordo tem um detalhe muito curioso: qualquer uma das partes pode rescindir “dez dias após o último jogo da época desportiva de 2025/26”. Mas numa alusão a este pormenor, Mourinho disse: “Quero cumprir os dois anos e contrato, com êxito, que o clube depois queira renovar comigo”.

Na conferência e imprensa, ao lado de Rui Costa, que falou da aposta “num treinador com currículo ganhador”, Mourinho deixou múltiplas frases de engradecimento do Benfica. E também de compromisso: “A promessa é clara, vou viver para o Benfica, para a minha missão. Saí de cada e disse ‘até domingo’”. E quanto aos objetivos atirou “Podemos e devemos ser campeões”. Mas advertiu: “Não vamos ganhar sempre, mas não podemos perder como perdemos há dois dias. Não é Benfica. Benfica é o que jogou contra o Fenerbahçe 30 minutos, é quem esteve em Istambul com um jogador a menos conseguiu levar um resultado positivo. É o Benfica em que me revejo”.

Após a conferência, Mourinho dirigiu o primeiro treino.