Nações Unidas pedem provas no caso da tenista chinesa desaparecida
Peng Shuai não é vista desde que denunciou agressão sexual.
"Seria importante ter provas do paradeiro e saber se está bem. Pedimos uma investigação transparente sobre as acusações de agressão sexual.” Foi assim que as Nações Unidas reagiram esta sexta-feira ao desaparecimento da tenista chinesa Peng Shuai. A atleta, de 35 anos, não é vista desde que denunciou, há duas semanas, ter sido forçada a relações sexuais pelo antigo vice-primeiro-ministro da República Popular da China, Zhang Gaoli.
A denúncia foi feita nas redes sociais por Peng Shuai, a 2 de novembro, mas as agressões terão ocorrido há três anos. Numa altura em que os pedidos de investigação na comunidade internacional se multiplicam, o silêncio em Pequim mantém-se. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, diz desconhecer a polémica em torno da tenista e refere que o assunto “não é uma questão diplomática”.
O misterioso desaparecimento da atleta já extravasou o âmbito desportivo e poderá ter repercussões para a China a nível desportivo. O presidente da Associação de Ténis Feminino, Steve Simon, admite suspender as competições no país, caso não seja feita uma investigação completa e adequada.
Entretanto, esta sexta-fiera ao fim da tarde, um jornalista ligado a um órgão controlado pelo estado chinês partilhou três fotografias de Peng Shuai, alegadamente divulgadas por uma amiga.
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