"Não queremos pseudopenáltis nem micropenáltis": Conselho de Arbitragem da FPF avisa que condena as quedas forçadas na área
Vice-presidente do Concelho de Arbitragem conclui que Evanilson "já ia a arrastar o pé" quando caiu na área no jogo frente ao Rio Ave.
O Conselho de Arbitragem (CA) da FPF aproveitou esta terça-feira a análise do penálti revertido a Evanilson, no FC Porto-Rio Ave (o jogo da 20.ª ronda da Liga ficou 0-0), para avisar que condena as quedas forçadas na área.
Na divulgação dos áudios do VAR do mês de fevereiro, João Ferreira, vice-presidente do CA, analisou toda a jogada ocorrida logo aos 3 minutos. Explicou que o árbitro, "perante a queda" do avançado portista, marcou penálti porque estava longe do local da ação e porque o seu auxiliar lhe disse que o defesa tentou jogar a bola - o que não chegou a fazer.
Comentando, depois, a intervenção do VAR, João Ferreira começou por explicitar a doutrina do CA: "O nosso entendimento e orientações para os árbitros é que no penálti tem de existir uma ação do defensor que crie causa/efeito no atacante. Os pequenos contactos fazem parte do futebol. Se calhar no meio-campo os árbitros marcam falta, mas nós não queremos pseudopenáltis ou micropenáltis. Porque o penálti tem de ser uma coisa evidente, pois estamos a falar de uma decisão crucial no jogo, que por norma dá golo, tem que ter impacto."
Sobre a queda em concreto de Evanilson: "O VAR, ao ver a imagem, ao ver o contacto, entende que [este] não causa a queda, porque o atacante ia a arrastar o pé e para ele não é suficiente para causar a queda, pois o jogador ia cair de qualquer forma. E foi isso que o levou a chamar o árbitro. E o árbitro utilizou a mesma leitura: ele já ia a arrastar, há contacto e não é suficiente e vamos cancelar. A pergunta que se faz é: este penálti é suportável ou não? Na nossa opinião, não. Há outra imagem que mostra o contacto, mas a pergunta é: este contacto faz cair o atacante? Não. Nesse sentido, esta intervenção [do VAR] é correta e o árbitro fez bem."
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