Ossadas de Mané Garrincha desapareceram da campa
Filha deu pela falta dos restos mortais do craque brasileiro quando visitava o cemitério.
Foi um génio nos relvados, um furacão fora deles. Mané Garricha morreu aos 49 anos, em 1983, altura em que o anjo de pernas tortas - o magnífico epíteto de Vinicius de Morais para o craque - lutava contra as consequências de anos de alcoolismo.
Sabe-se agora que nem na morte Garrincha tem descanso. A filha do jogador - uma das nove que teve do primeiro casamento - visitou o pai no cemitério de Raiz da Serra, em Magé, região do Rio de Janeiro, para descobrir que as ossadas não ali estavam.
Os seus restos mortais foram exumados e o seu paradeiro é desconhecido. Mais um erro a assombrar um homem que até na lápide tinha a data errada - morreu em 1983, em vez do ano 1985 que foi inscrito na pedra. O jornal brasileiro Extra revela a história e conta que o uma funcionária do cemitério garante que as ossadas foram colocadas numa caixa. Mas ninguém sabe dizer qual e não há documentos que o comprovem.
A filha do jogador, Rosângela, alerta corpo do pai foi retirado do jazigo da família porque outro familiar precisou ser enterrado lá. Queixa-se de que nenhuma das filhas participou da exumação nem tem qualquer documento que comprove que o corpo foi retirado do túmulo.
O Extra revela que o atual prefeito de Magé, Rafael Tubarão, queria homenagear Garrincha e procurou saber o local exato da sua campa. Recebeu um relatório dos serviços do município informar que tinha acontecido a exumação.
Garrincha deixou o futebol em 1972, depois de ter sido campeão do mundo pelo Brasil em 1958 e 1962. Arrumadas as botas, mergulhou numa vida de alcoolismo. Aquele que é considerado o maior fintador de todos os tempos merecia mais sorte que este golpe do destino.
Na sua campa lê-se a frase "aqui descansa em paz aquele que foi a alegria do povo". Pena que assim não seja.
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