Play-off é o objetivo mínimo na Champions

Orçamento das águias prevê chegar a essa fase da competição. Não está previsto vender jogadores em janeiro, prioridade será dada às compras.

10 de setembro de 2025 às 01:30
António Silva tem 21 anos e fez parte da sua formação no Benfica Foto: Paulo Calado
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"No orçamento planeamos chegar ao play-off." A revelação é de Nuno Catarino. Após insistência do CM, o vice-presidente do Conselho de Administração da SAD do Benfica, e responsável pela pasta financeira, revela se é obrigatório ou não as águias chegarem aos oitavos de final da Champions. "Vimos toda a performance dos últimos quatro anos e fazemos o planeamento. Se faltarem 10, 12 ou 14 milhões não altera demasiado", explica o dirigente, à margem da apresentação dos resultados de 2024/25.

Nuno Catarino também afasta um eventual impacto de não chegar aos 'oitavos' no mercado de inverno. "A nossa perspetiva é não ter pressão para vender em janeiro, mesmo com cenários catastrofistas. Temos um cenário conservador.

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O Benfica está a menos de um ano de terminar o contrato de exploração dos direitos televisivos e têm estado a analisar duas soluções para as épocas 2026/27 e 2027/28, antes de a centralização avançar em 2028/29. Mas Nuno Catarino refere que "será a próxima administração a decidir". Ou seja, o presidente eleito nas eleições do clube a 25 de outubro. Esse vencedor também irá determinar qual será a marca desportiva das camisolas. O contrato com a Adidas está a terminar e a estimativa da SAD é ter um "aumento significativo" no valor anual que recebe.

Mercado equilibrado

O Benfica também partilhou um balanço do mercado de transferências deste verão (integra o exercício 2024/25 agora publicado e operações já de 2025/26). Nuno Catarino explica que a intenção da SAD foi "manter o equilíbrio" entre compras e vendas. Os valores que o CM hoje divulga engloba as saídas de Kokçu e Akturkoglu e as entradas de Sudakov e Enzo Barrenechea. Apesar de todas serem por empréstimo, já estão registadas nas contas do 1.º semestre da época em curso.

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Resposta a Luís Filipe Vieira

Numa entrevista, Luís Filipe Vieira questionou as vendas de Kokçu e Akturkoglu, afirmando que não costumava vender jogadores para a Turquia face às dificuldades de cobrar os valores. "Se nos preocupasse os recebimentos associados às vendas desses jogadores em concreto não teríamos feito as vendas. Fazemos uma avaliação de risco, temos um histórico sem problemas com o Besiktas e estamos a falar dos maiores clubes da Turquia", reage Nuno Catarino.

O administrador também destaca a "solidez financeira" da SAD e dá um voto de confiança a Bruno Lage, ao dizer que não espera que uma indemnização por despedimento de um treinador, como aconteceu com Roger Schmidt, afete as contas. "Isso não está no nosso horizonte".

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SAD vai comprar ações

O Conselho de Administração da SAD do Benfica vai propor aos acionistas o uso do excesso de liquidez para comprar ações da sociedade. O plano será, num prazo de 18 meses, comprar 10% do capital (o máximo permitido pela lei). Ao CM, Nuno Catarino responde que esse reforço de participação não tem como pano de fundo a intenção de depois vender uma parte do capital a um parceiro estratégico. "Não recebi nenhuma indicação do acionista [o clube] nesse sentido".

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