Quem ocupou o banco de treinador na Luz? Eis os nomes ao serviço do Benfica nos últimos dez anos

Bruno Lage deixou de ser treinador do Benfica na terça-feira, depois de uma noite de contestação por parte dos adeptos no Estádio da Luz, que viram a equipa perder frente ao Qarabag, para a Liga dos Campeões. Os 'encarnados' ainda entraram a ganhar, mas a equipa visitante deu a volta ao marcador. O presidente do clube confirmou o despedimento do treinador, em conferência de imprensa, dizendo que "era o momento de alterar". 

Apesar de ainda não estar confirmado, José Mourinho é o nome mais falado para suceder a Lage no Clube da Luz, 25 anos depois de ter sido apresentado ao comando das 'águias' em 2000.  Mas que técnicos é que passaram pelo banco da equipa encarnada nos últimos dez anos?

Jorge Jesus (2009- junho de 2015)

A história dos últimos dez anos do Benfica começa a ser traçada pelo nome de Jorge Jesus, que treinou o clube da Luz até 4 de junho de 2015. Num percurso de nove anos, o treinador realizou mais de 400 jogos, dos quais venceu mais de 270, empatou 68 e foi derrotado 59 vezes, de acordo com dados revelados pelo Zero Zero. Jesus valeu aos encarnados três campeonatos, 1 Taça de Portugal, 5 Taças da Liga e 1 Supertaça Cândido de Oliveira. 

Rui Vitória (2015-2019)

A Jesus seguiu-se Rui Vitória, que deu entrada no clube no mês de junho de 2015, e viria a treinar a equipa das 'águias' até janeiro de 2019. Encabeçou a liderança do clube da Luz com 180 jogos, 125 vitórias, 28 empates e 31 derrotas. Foi demitido à 16.ª jornada, depois de uma derrota em Portimão. Venceu dois campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal, 1 Taça da Liga e 2 Supertaça Cândido Oliveira. 

Bruno Lage (2019-2020)

Veio da Equipa B e rumou à equipa principal para conseguir tomar as rédeas da equipa depois da demissão de Rui Vitória: Bruno Lage começou a orientar o Benfica quando a equipa não estava em primeiro no campeonato, mas uma série de vitórias daí em diante valeram aos encarnados o 37.º troféu de campeão. Na temporada seguinte, marcada pela Covid-19, Lage acabou por ser despedido à 29.ª jornada, depois das 'águias' terem perdido com o Marítimo. 

O futuro ditou que voltasse ao clube da Luz para suceder a Roger Schmidt, na época de 2024/2025.

Nélson Veríssimo (2020 e 2021-2022)

Veríssimo esteve no cargo de liderança da equipa principal do Benfica pouco mais de um mês, entre junho de 2020 e agosto do mesmo ano. Voltou a ocupar o lugar em dezembro de 2021, para substituir a segunda passagem de Jorge Jesus pela equipa encarnada, entre dezembro desse ano e maio de 2022. 

Jorge Jesus (2020-2021)

Depois da exibição no Flamengo, onde conquistou o campeonato brasileiro e a Copa Libertadores da América, Jorge Jesus voltou a um lugar onde já tinha sido feliz, mas a época não correu de forma semelhante à passagem anterior. Não conseguiu ser campeão na temporada 2020/2021, com o título atribuído ao Sporting, e a temporada seguinte também não correu de feição: Jesus foi despedido depois da 15.ª jornada, depois de perder por três golos contra o FC Porto. Até ser apresentado um novo treinador, Veríssimo assumiu o cargo.

Roger Schmidt (2022-2024)

Roger Schmidt foi o único treinador não português a estar no Benfica nos últimos dez anos da história do clube. Natural da Alemanha, a aposta de Rui Costa assinou o 38.º campeonato para o clube da Luz, na temporada de 2022/2023. No entanto, a época seguinte não correu da mesma forma e a contestação por parte dos adeptos crescia, com o Benfica a terminar contrato com o treinador na época de 2024/2025, depois de apenas quatro jogos. Esteve ao comando da equipa durante mais de 100 jogos.

Bruno Lage (setembro de 2024 - setembro de 2025)

Foi em setembro de 2024 que Bruno Lage voltou ao comando do Benfica, para a época de 2024/2025 - quase um ano depois, abandonou o comando dos encarnados após um empate para a I Liga contra o Santa Clara e a derrota num jogo a contar para a Liga dos Campeões, na terça-feira, que acabou por ditar o fim do treinador português na liderança do clube da Luz. Realizou mais de 140 jogos ao serviço do 'Glorioso'.