Tribunal solta chefes de claque
Carlos Silva ‘Aranha’ e Gustavo Oliveira estavam presos em casa vigiados com pulseira.
Carlos Silva, conhecido como ‘Aranha’, braço-direito de Fernando Madureira na chefia da claque portista Super Dragões, e Gustavo Oliveira, empresário e adepto do mesmo clube, arguidos no processo Jogo Duplo, estão desde esta quinta-feira em liberdade.
Ambos estavam em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, e os juízes responsáveis pelo julgamento dos 27 arguidos deferiram o recurso do advogado Nelson Sousa, que representa os dois. "Eles ficaram presos logo após as detenções, em maio de 2016. Recorremos para a Relação de Lisboa, que atenuou para prisão domiciliária.
Agora, os juízes concordaram que já não havia perigo de perturbação da prova", explicou o jurista. ‘Aranha’ e Oliveira ficam, apenas, com termo de identidade e residência. Recorde-se que os dois estão acusados, pelo Ministério Público, de terem servido de intermediários a redes de apostadores asiáticas que aliciaram jogadores do Oriental para perder jogos.
Ainda na sessão de quinta-feira do julgamento, Nuno Sampaio, adjunto de Jorge Andrade na época de 2015/2016 no Oriental, referiu que "as sucessivas derrotas da equipa no campeonato levantaram suspeitas de aliciamento para apostas".
PORMENORES
Ligados a suborno
Carlos Silva e Gustavo Oliveira terão oferecido a quatro jogadores do Oriental 7500 euros a cada para perder um jogo com o Penafiel em 2015/2016.
Chamadas de vídeo
Na acusação, consta que ‘Aranha’ e Gustavo Oliveira faziam chamadas de vídeo para dois apostadores malaios, para garantir que os jogadores estavam controlados.
Jogador ouviu conversas
Fernando Andrade Santos, antigo jogador do Oriental, confirmou ter ouvido conversas no balneário sobre aliciamento.
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