Triunfo suado frente ao Lyon na Liga dos Campeões anima o Estádio da Luz

Anthony Lopes, guarda-redes português do Lyon, colocou a bola nos pés de Pizzi e este não perdoou, fazendo o 2-1 de fora da área.

24 de outubro de 2019 às 09:02
Pizzi conforta Anthony Lopes, no final do jogo. Ambos foram figuras na Luz, por motivos diferentes Foto: Pedro Ferreira
Lage conforta o lesionado Rafa Foto: Pedro Ferreira
Pizzi Foto: Direitos Reservados

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Um brinde do guarda-redes português do Lyon, Anthony Lopes, aproveitado por Pizzi, permitiu esta quarta-feira ao Benfica somar a primeira vitória (2-1) na Liga dos Campeões, relançando a esperança no apuramento.

Bruno Lage manteve-se fiel às suas ideias e a vitória não foi fácil. O Benfica continua a demonstrar uma grande dependência de Rafa e tem enormes oscilações no jogo. Não está confortável a jogar em casa.

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E esta quarta-feira tinha tudo para oferecer aos benfiquistas uma grande noite europeia frente a um Lyon que atravessa uma crise de identidade e está longe do fulgor de outros anos.

Rafa pegou na batuta, jogou, fez jogar e marcou um golo logo aos quatro minutos. Uma jogada de insistência de Gedson, com Cervi a dar para Rafa colocar as águias em vantagem.

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O Benfica entrou então no seu melhor período. Mas Seferovic mostrou-se perdulário. Quatro ocasiões e todas falhadas. Numa delas, o remate cruzado saiu mesmo pela linha lateral...

Os laterais Tomás Tavares e Grimaldo conseguiam anular as ofensivas dos franceses. Sempre em esforço e sem perigo.

Bruno Lage perdeu Rafa (20’) por lesão e a equipa ficou sem a sua fonte de criatividade. O trauma das últimas presenças europeias e a necessidade de uma vitória para apaziguar os adeptos, que se têm servido dos insucessos na Champions para atacar o presidente Luís Filipe Vieira, fizeram a equipa encolher-se na defesa de um pecúlio tão pequeno.

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Na segunda parte, as águias baixaram linhas. Deixaram de pressionar e foram-se encostando à sua baliza na defesa do golo que dava esperanças de uma vitória que há muito fugia.

O Lyon cheirou o medo. Sentiu o tremelicar das águias e a lentidão de leitura do jogo de Lage. A equipa precisava de um meio-campo mais forte e mais fresco.

Os franceses acreditaram que podiam dar a volta ao marcador. Ferro tem dois cortes arriscados dentro da área e num deles a bola ressaltou para a trave. A Luz pressentia o golo do empate e começava a assobiar. Jogadores e Lage eram os visados. E o golo surgiu pelo melhor dos franceses, Depay, que surgiu no segundo poste.

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Mas quem tem Pizzi, tem talento. Andou apagado, mas em apenas um minuto mudou o jogo. Primeiro com uma bomba ao poste e depois não fez cerimónia numa oferta de Anthony Lopes para o 2-1. Um triunfo que acendeu a esperança e calou os assobios na Luz.

ANÁLISE

Rafa na sorte e no azar

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Rafa teve uma entrada demolidora na partida. Agitou o jogo e marcou o golo na primeira oportunidade (4’). Foi o mais desequilibrador e um dos mais batalhadores. Num desses duelos, lesionou-se na virilha e está em dúvida para o jogo em Tondela.

Anthony Lopes

O guarda-redes português do Lyon ofereceu o golo da vitória a Pizzi, ao tentar uma reposição de bola rápida para a zona central do terreno. A experiência de Pizzi foi determinante e rematou de primeira para o 2-1. Anthony Lopes deu o brinde.

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Arbitragem segura

Arbitragem segura e sem casos, apesar de decisões difíceis. Bem no capítulo disciplinar, apesar de algumas entradas viris, e no ajuizamento dos foras de jogo. Decisão correta na validação do golo do Lyon, pois Depay estava em posição regular.

"Lance algo caricato"

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"É um grande golo do Pizzi"

Minuto à Pizzi rende milhões

Odysseas

Minuto à Pizzi rende milhões

Odysseas – Sempre atento mas com pouco trabalho. Sem culpas no golo e uma grande defesa para a fotografia.

o Tomás Tavares – Está mais crescido, maduro e, acima de tudo, mais confiante.

o Rúben Dias – Um corte de cabeça que quase o deixou KO. Um guerreiro.

o Ferro – Dois cortes arriscados dentro da área, mas feitos com sucesso e ‘limpinhos’.

o Grimaldo – Boa primeira parte com arrancadas a desequilibrarem.

o Florentino – Consistente e importante na recuperação da bola no meio-campo.

o Gabriel – Marca o ritmo da pressão do Benfica. Boa visão de jogo e passes a rasgar.

o Rafa – Da sorte ao azar. Marcou um golo logo aos quatro minutos e agitou o jogo. Saiu lesionado.

o Gedson – Apareceu no apoio a Seferovic, mas faltou ter um pouco de ritmo.

o Cervi – Boa primeira parte, foi desaparecendo na segunda. Assistiu Rafa no golo.

o Seferovic – Ocasiões de golo não faltaram. O que faltou foi o instinto matador do suíço. Mesmo à frente da baliza consegue complicar e... falhar.

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o Vinícius – Justifica um lugar no onze. Trouxe velocidade e atitude ao Benfica

o De Tomas – Muito apagado e desmotivado. O fardo dos 20 milhões de euros que custou é muito pesado.

Pizzi

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Andou apagado, mas bastou um minuto para mudar o jogo. Primeiro com um remate ao poste e depois com um golão no brinde de Anthony Lopes. Classe e 2,7 milhões de euros para o Benfica.

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