Tudo o que se sabe sobre a investigação de corrupção multimilionária a envolver a Federação Espanhola de Futebol

Contratos assinados por Luis Rubiales e Gérard Piqué visados na investigação.

21 de março de 2024 às 20:42
Rubiales e Piqué
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A Unidade Central Operacional da Guardia Civil iniciou buscas na quarta-feira na sede da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). A investigação refere-se a irregularidades encontradas em contratos assinados nos últimos cinco anos. Há sete detidos.

Além da sede da RFEF, a polícia realizou igualmente buscas na residência do antigo presidente, Luis Rubiales, em Granada, mas o antigo responsável máximo federativo, suspenso e indiciado por agressão sexual a uma futebolista da seleção feminina campeã do Mundo, está na República Dominicana, devendo apresentar-se a 6 de abril às autoridades.

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Rubiales alega que a polícia agiu no âmbito de uma investigação judicial sobre contratos supostamente irregulares dos últimos cinco anos, nomeadamente o que permitiu transferir a Supertaça de Espanha para a Arábia Saudita, para onde se deslocou a final-four desde 2020.

Esta aposta terá sido feita a troco de 40 milhões de euros por ano e foi intermediada pela empresa Kosmos, do antigo defesa internacional Gerard Piqué, do FC Barcelona.

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Depois da divulgação de gravações áudio de conversas entre Rubiales e Piqué, nas quais falavam de comissões no valor de vários milhões de euros, as autoridades espanholas iniciaram em 2022 uma investigação.

Rubiales garante que a RFEF "não pagou, não está a pagar e não pagará um único euro de comissão a ninguém por este acordo", defendendo a legalidade do acordo, tal como Piqué o fez em abril de 2022, revelando-se "orgulhoso" pela concretização do mesmo.

Esta quinta-feira, a RFEF suspendeu dois dirigentes associados à investigação. A instituição informou em comunicado do afastamento do diretor dos Serviços Jurídicos, Pedro González Segura, e do diretor de Recursos Humanos, José Javier Jiménez.Simultaneamente, a RFEF rescindiu contrato com o consultor jurídico externo Tomas Gonzalez Cueto, do GC Legal, cancelando-lhe os poderes de representar a federação em processos judiciais, em conjunto com o sócio Ramon Caravaca.

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A Espanha vai organizar, com Portugal e Marrocos, o Campeonato do Mundo de futebol de 2030.

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