Vitória de nota polémica
Penálti que deu vantagem de 1-2 ao Benfica é muito discutível.
Um bom jogo de futebol (vitória final do Benfica em Paços de Ferreira por 3-1) não merecia ficar marcado por um lance polémico que desbloqueou o resultado.
Na compensação da primeira parte, Jonas caiu na área, num lance em que o avançado brasileiro não pareceu tocado por um defesa. Jorge Ferreira não teve dúvidas e assinalou a marca da grande penalidade, debaixo da contestação pacense. Imperturbável, Jonas partiu para a bola e fez o que era o 1-2.
A partir desse momento tudo ficou mais fácil. Até então, o Benfica tinha sido sempre a equipa com mais iniciativa - foi essa a tendência do jogo - mas encontrou uma muito boa oposição do Paços, uma equipa muito bem orientada, com futebol apoiado e bem desenhado.
O melhor começo do jogo traduziu-se no golo inaugural, aos 13’, quando Mitroglou concluiu bem uma excelente combinação entre Carcela e Jonas, com o primeiro a falhar o remate, mas a ver a bola a sobrar para o grego, que não perdoou.
Mas o Paços nunca se rendeu e tinha armas. A maior, o talentoso Diogo Jota, que aos 23’, ganhou a André Almeida ainda na zona defensiva pacense, galgou metros com dois bons dribles e encontrou espaço para de pé direito (o menos forte do português) disparar para o 1-1. Um grande momento individual, a prova de que ainda há margem para o improviso no futebol e que nem sempre a organização coletiva se consegue sobrepor aos talentos. Até que apareceu o tal lance de Jonas na área que deu penálti, quando o jogo estava nivelado e a prometer emoção para a segunda parte. Mas a frieza de Jonas no penálti levou o encontro para o intervalo, com vantagem do Benfica.
A jogar com o tempo e o resultado a favor, as águias geriram muito bem a segunda parte. Guardaram a bola, retiraram qualquer possibilidade de iniciativa a um Paços que acusou o 1-2. O terceiro golo apareceu com toda a naturalidade e justiça, num lance combinado entre os centrais, após livre. Jardel ganhou de cabeça e assistiu Lindelof, que se estreou a marcar na equipa principal.
O que já estava bem encaminhado para o Benfica, ficou com o destino traçado para os pacenses. Uma vitória dos bicampeões nacionais assente no maior critério e qualidade individual dos jogadores dos encarnados, mas cuja justiça do triunfo ficou envolta numa dúvida e em polémica.
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