page view

Águia faminta goleia Portimonense e sobe à liderança do campeonato

Benfica, com várias alterações face ao jogo de Tondela, voltou às boas exibições.

31 de outubro de 2019 às 08:51

O Benfica subiu esta quarta-feira à liderança isolada na Liga portuguesa ao golear em casa o Portimonense por 4-0 e beneficiar do empate do FC Porto na Madeira. Uma vitória segura e expressiva que começou a ser construída, de novo, num lance de bola parada.

Surpresa de Bruno Lage ao mudar quatro jogadores em relação à última jornada (vitória em Tondela, 0-1). Ferro, Florentino, Pizzi e Seferovic foram preteridos. As águias entraram a dominar, mas foi primeiro o Portimonense a levar calafrios à baliza de Odysseas. Anzai surgiu nas costas de André Almeida mas o grego voltou a ser decisivo.

Depois de sofrer um aperto, o Benfica acabou por ser feliz, à semelhança do que tinha acontecido na última jornada. De novo de bola parada, o Benfica fez o 1-0 por André Almeida. A única diferença face ao jogo de Tondela, no último fim de semana, foi que as águias dominaram sempre o meio-campo, sempre de olho nas transições rápidas.

No começo do segundo tempo, os encarnados mataram o jogo e de novo por um defesa: Rúben Dias, no sítio certo, após cruzamento perfeito de Grimaldo. Com o lado esquerdo das águias a funcionar na perfeição, o Benfica abafou como quis um adversário que se cedo se rendeu à superioridade dos homens de Bruno Lage.

Desta vez nem a relva – que se aguentou bem apesar da chuva – serviu de desculpa. Os campeões nacionais não passavam por apuros atrás e na frente acabou por surgir o senhor 17 milhões. Carlos Vinícius bisou em duas arrancadas perfeitas a passes açucarados de Grimaldo e Chiquinho.

O Benfica mostrou a qualidade pedida pelo seu treinador e exigida pelos adeptos no último jogo em Tondela. Lage continua com registos impressionantes na Liga: 28 jogos, 26 vitórias, 93 golos marcados e 19 sofridos. Agora, no papel de líder isolado, os encarnados têm pela frente o Rio Ave.

ANÁLISE

Segunda parte

O golo logo a abrir o segundo tempo desbloqueou em definitivo o triunfo expressivo, que nunca esteve em causa. Benfica é já o melhor ataque e a melhor defesa da Liga.

Gedson destoou

Numa exibição global bem conseguida, Gedson foi aquele que esteve alguns furos abaixo dos restantes colegas. Muitos cruzamentos falhados e pouca dinâmica ofensiva.

Noite tranquila

Sempre muito perto dos lances. Uma mão na área do Portimonense gerou protestos entre os encarnados, mas Manuel Mota ajuizou bem. O lance do 4-0 provocou dúvidas pelo posicionamento de Vinícius. VAR validou a decisão.

"Esta equipa trabalha muito"

"Os adeptos têm de puxar pela equipa, a equipa tem de puxar pelos adeptos. Sermos apenas um nos 90 minutos e no final sermos julgados. De dois em dois dias vamos a julgamento, que é o nosso trabalho", acrescentou o técnico do Benfica.

"O primeiro golo deu-nos mais confiança, a reentrada na segunda parte foi muito forte com novo golo e depois o jogo, com outro espaço, ficou a nosso favor", explicou o treinador, que não foi muito expansivo a comentar a liderança do campeonato, nem o facto de ter a melhor defesa e o melhor ataque da I Liga: "É pensar no próximo jogo, contra o Rio Ave."

"O Portimonense tem qualidade tática e coletiva enorme, com um 5x4 a defender que nos obrigou a ter paciência. E foi o que fizemos", finalizou.

"Quando o Benfica se solta as coisas podem acontecer"

Simões ao lado do técnico

Grimaldo

Duas assistências e intervenção decisiva no último da noite. Entendimento com Cervi muito perto do que já foi no passado e isso nota-se na segurança do flanco esquerdo encarnado.

Grimaldo mostra a passadeira a Vinícius

o Odysseas – Sempre que é chamado está lá. Grande defesa no único lance de perigo do Portimonense.

o André Almeida – Muitos cruzamentos disparatados antes da redenção. Golo de cabeça após desvio de Gabriel. Esteve no lance do 2-0.

o Rúben Dias – Uma desatenção que podia ter custado caro. De resto, cumpriu sem deslumbrar.

o Jardel – Regresso do brasileiro ao onze. Nota-se que a velocidade já não é o que era. Ainda assim o posicionamento ajudou a evitar calafrios.

o Samaris – Regresso na Liga mais de dois meses depois. Importante a travar as transições do Portimonense.

o Gabriel – Boa exibição do brasileiro. Recuperou inúmeras bolas e lançou várias vezes o ataque. Decisivo no 1-0.

o Gedson – No papel de Pizzi, foi praticamente inexistente. Um remate com perigo.

o Cervi – Terceiro jogo consecutivo a titular. Bela partida do argentino. Sobe e desce constante pela esquerda.

o Chiquinho – Foi dele o primeiro lance de perigo num remate por cima. Assistência primorosa no 4-0. Justificou a titularidade.

o Vinícius – Poucas vezes tocou na bola e marcou dois golos. Verdadeiro matador.

o Seferovic – Não se viu.

o Jota – Cabeçada perigosa.

o Pizzi – Pouca bola.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8