Benfica vence frente ao V. de Setúbal. Leia a análise do jogo.
O Benfica venceu ontem o V. Setúbal, por 2-1, num jogo em que começou a perder - tinham passado 14 segundos quando André Claro abriu o marcador - mas teve uma resposta demolidora e no minuto 24 já tinha virado o resultado. Só que, depois, os encarnados caíram a pique e acabaram a partida com o credo na boca - nos descontos, um mau passe de Pizzi isolou Arnold, mas a saída rápida de Ederson evitou males maiores.
O jogo começou com os sadinos a darem o pontapé de saída e... golo de André Claro, que apareceu na área encarnada a rematar para o fundo das redes de Ederson (nem sequer esboçou a defesa), após bom centro de Gorupec, na direita. O Benfica respondeu de imediato. E que resposta. A bola entrava com uma facilidade tremenda na área adversária, na sequência de jogadas ofensivas, bem trabalhadas, tanto na esquerda, como na direita ou no centro. Ricardo foi várias vezes posto à prova, brilhou a remates de Jardel e Mitroglou e viu Venâncio desviar para canto um tiro de Gaitán. O Vitória estava encolhido, mas, no minuto 15’, pregou novo susto, numa cabeçada de André Claro, entre Eliseu e Jardel, que saiu perto do alvo. O Benfica, contudo, não desarmou e chegou ao empate no minuto 19, por Jonas, que apareceu que nem um foguete no meio da defesa setubalense a concluir um centro de Eliseu que sofreu um ligeiro desvio em Gaitán. O pressing local não diminuiu e, aos 24 minutos, Jardel fez o 2-1, de cabeça, após canto de Gaitán. Assim que se apanhou a ganhar, o Benfica descansou. E, até ao intervalo, destaque para um grande passe de Fejsa para Pizzi fazer um chapéu a Ricardo, com Venâncio a salvar entre os postes.
Na segunda parte, o Benfica continuou a descansar e só teve uma oportunidade, numa cabeçada de Fejsa, que Ricardo anulou com mais uma boa defesa. Mas como os passes falhados eram uma constante, tal permitiu ao V. Setúbal ter bola, sem, contudo, saber o que lhe fazer para apoquentar com assiduidade a defesa contrária, que só apanhou dois sustos. O primeiro quando Ruca, a passe de Vasco Costa, apareceu soltou na área, descaído na esquerda, e atirou contra Ederson. E o segundo momentos antes do final da partida: Pizzi fez um passe atrasado que Arnold aproveitou para se isolar, mas deu um toque a mais e Ederson conseguiu anular o lance.
"Três pontos era o que queríamos"
"Ficaram os três pontos que era o que queríamos. Mais um jogo passou e voltámos à liderança do campeonato", disse Rui Vitória, treinador do Benfica, após o oitavo triunfo consecutivo das águias na Liga.
Sobre a partida que os encarnados começaram a perder logo no primeiro minuto, o técnico referiu: "Foi uma vitória difícil. Entrámos a perder e tivemos uma reação muito boa. A equipa não descansou enquanto não deu a volta ao resultado. No final penso que a vitória foi justa perante um adversário que nos complicou muito a tarefa."
Quando questionado sobre as substituições que realizou (saíram Mitroglou, Gaitán e Fejsa), Rui Vitória esclareceu: "Manifestaram pequenas mazelas e era fundamental não corrermos riscos e por isso refrescámos a equipa."
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Análise dos jogadores
Jonas - É o líder da equipa no campo. Foi ele que operou a reviravolta com um golo. Incentivou os colegas e o público. Após o 2-1 desapareceu do jogo, tal como toda a equipa encarnada.
Ederson – Surpreendido no golo. Não acusou o tento e foi decisivo ao negar o golo a Ruca (60’) e a Arnold (90+3’).
Nélson Semedo – Mau posicionamento no golo sadino. Boas subidas e cruzamentos para a área, mas continua longe da forma que já mostrou.
Lindelof – Seguro. Revela grande maturidade e entrosamento com Jardel.
Jardel – É o esteio da defesa. Marcou o segundo golo ao saltar mais alto.
Eliseu – Começou o lance do primeiro golo do Benfica. Bom pulmão.
Fejsa – Importante na desgastante luta no meio-campo. Viu Ricardo negar-lhe um golo certo (64’).
Renato Sanches – Bons passes a rasgar a defesa contrária. Desequilibrador.
Pizzi – Lutador até fazer um atraso que ia valendo o golo do empate a Arnold nos descontos.
Gaitán – Duas assistências para golo em 24 minutos. Saiu exausto.
Mitroglou – Criou espaços e lances de perigo, travados por Ricardo.
Carcela – Trouxe frescura. Remate à figura de Ricardo.
Samaris – Refrescou o meio-campo e libertou Renato Sanches para a frente.
Raúl Jiménez – Discreto no melhor momento sadino.
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Análise do jogo
Positivo: 24 minutos diabólicos
Depois de ter sofrido um golo aos 14 segundos, o Benfica partiu para 24 minutos de um futebol arrasador. Dominou por completo um adversário que sofria constantemente e selou tal ascendência com dois golos: um de Jonas e outro de Jardel.
Negativo: Credo na boca
Após 24 minutos em grande, a equipa do Benfica desapareceu. Literalmente. Raramente conseguiu ligar uma jogada e só a espaços foi capaz de perturbar a defesa do V. Setúbal. E nos descontos valeu Ederson, que segurou 3 pontos com uma boa saída.
Arbitragem: Bom trabalho
Rui Costa fez uma boa arbitragem. É certo que teve a ajuda dos jogadores, mas também é verdade que não inventou faltas nem cartões. E seguiu quase sempre o jogo de perto, o que lhe permitiu acertar a esmagadora maioria das decisões que tomou.
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