Pontapé inspirado do médio garante vitória, segundos após Odysseas ter impedido a reviravolta dos gregos.
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Rui Vitória ‘comprou’ uma rifa para segurar o empate no segundo jogo da fase de grupos da Champions, na Grécia. Mas acabou premiado com o triunfo, graças ao pontapé inspirado de Alfa Semedo, o homem que entrara poucos minutos antes com a missão de conter a avalancha grega, numa fase que o Benfica parecia estar encostado às cordas.
Num jogo de múltiplas nuances e de grande sofrimento para o Benfica, foi no espaço aproximado de sessenta segundos que tudo se decidiu. Aos 73 minutos Odysseas trava com o braço esquerdo a bola rematada por Klonaridis que, isolado, teve tudo para fazer o 3-2 e consumar a reviravolta.
A cegueira do avançado do AEK, que já tinha marcado dois golos, impede-o de ser mais clarividente e oferecer o golo ao colega que ao lado apenas tinha de empurrar a bola. Pouco depois, aos 74 minutos, num raro momento de posse de bola (naquela fase), o Benfica passa a linha de meio-campo. Alfa Semedo progride e do meio da rua, lá vai disto, um remate forte, seco e colocado leva a bola ao fundo da baliza do AEK, devolvendo luz à equipa, que parecia perdida nas trevas desde a expulsão infantil de Rúben Dias, momentos antes do intervalo.
Esse foi outro dos momentos importantes do jogo. Só não foi decisivo devido ao resgate de Alfa Semedo. O Benfica começou muito bem o jogo, ganhou vários lances de cabeça na área adversária e marcou dois golos no espaço de 15 minutos, perante um AEK tão atarantado que mais parecia uma equipa reles. O jogo tinha então cara de caso arrumado, apesar do seu fim estar ainda tão longe.
A meio do primeiro tempo o Benfica levanta o pé. Nessa altura, contudo, já se notavam perigosas e constantes infiltrações na zona que deveria ter sido defendida por André Almeida, esta terça-feira em noite negra. Antes do intervalo surge o lapso temporário de razão de Rúben Dias, que com uma falta para segundo cartão amarelo se autoexclui.
Vitória reage mal. Tira Salvio e mais à frente Pizzi. A equipa fica sem bola para jogar. Sofre dois golos. Valeu a bomba de Alfa Semedo, que garantiu a vitória e os consequentes 2,7 milhões correspondentes ao triunfo.
Com esta vitória o Benfica coloca um ponto final na série negra de oito derrotas consecutivas na Liga dos Campeões, excluindo desta equação os jogos das pré-eliminatórias e playoff. Resta agora perceber se a injeção de moral supera a condição física para o clássico. Alguns jogadores estão de rastos...
ANÁLISE
Remate inspirado
Odysseas é inevitavelmente o homem do jogo, pela importância suprema que teve a impedir que mais vezes a bola entrasse na sua baliza. Mas foi o remate inspirado de Alfa Semedo, poucos minutos pós ter saltado do banco, que garantiu a vitória.
Rúben Dias
Inevitavelmente, Rúben Dias foi a figura negativa do Benfica. Terá de mudar a sua maneira de jogar sob risco de comprometer a qualidade que tem e também a imagem como jogador. Vai-lhe valendo que em Portugal os árbitros são menos rigorosos.
Boa arbitragem
Boa arbitragem do árbitro israelita. Nada a dizer da avalização que fez dos dois lances em que Rúben Dias viu dois cartões amarelos. Muito bem também os auxiliares em jogadas de difícil análise para a avaliação do fora de jogo.
"São três pontos muito saborosos"
TAD confirma castigo a Luís Filipe Vieira
O Tribunal Arbitral do Desporto confirmou a suspensão de 67 dias de Luís Filipe Vieira (multa de 3900 euros) aplicada pelo Conselho de Disciplina da FPF, depois das declarações do líder do Benfica em abril de 2017, no final do dérbi, nas quais comparou Bruno de Carvalho a Vale e Azevedo. O Benfica anunciou que vai recorrer para o Tribunal Central Administrativo do Sul.
Odysseas segura triunfo das águias
André Almeida – Sofrível. Demasiados erros de posicionamento deram alento aos gregos para carregar por ali. Jogo para esquecer.
Rúben Dias – Terá de rever a forma de jogar. Duas entradas mal medidas valeram dois cartões amarelos e a expulsão, antes ainda do intervalo.
Conti – Altos e baixos num jogo cheio de armadilhas.
Grimaldo – Excelente primeira parte, premiada com um golo. Contido no segundo tempo, por razões táticas.
Fejsa – Teve um golo na cabeça e podia ter feito melhor no desvio. Fundamental a limpar jogo.
Gedson – Procurou acelerar o jogo. Na segunda parte acabou como boia de salvação de André Almeida.
Pizzi – Futebol teleguiado. Grande cruzamento para o segundo golo. Após a sua saída a equipa ficou ainda mais curta.
Rafa – Inconstante. Começou bem o jogo mas logo desapareceu. Inconsequente.
Salvio – Não se entende a sua saída. Sem ele o Benfica perdeu posse e qualidade.
Seferovic – Cumpriu a missão com um golo pleno de oportunidade.
Lema – Deixou fugir Klonaridis no lance do 2-2. Mas teve algumas boas intervenções.
Alfa – Decisivo. O seu pontapé inspirado valeu milhões ao Benfica.
Cervi – Tentou esticar um pouco a equipa.
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