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Bruno de Carvalho abandona Assembleia-Geral do Sporting e ameaça demitir-se

Reunião foi suspensa após vários membros abandonarem a sessão.

03 de fevereiro de 2018 às 21:04

O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, abandonou este sábado a Assembleia-Geral do clube, numa reunião em que ficaram por aprovar as alterações aos estatutos do clube e regulamento disciplinar.

Os pontos seis (alteração dos estatutos do clube) e sete (regulamento disciplinar) eram, à partida, os mais controversos da Assembleia-Geral, realizada em Alvalade, e que, face à acesa contestação de alguns sócios, motivaram a suspensão da reunião magna do clube e o abandono do dirigente máximo leonino. Bruno de Carvalho deixou no ar uma ameaça de demissão.

Ainda em plena assembleia, o presidente do Sporting manifestou a sua posição, deixando o pavilhão multidesportivo logo de seguida, acompanhado por mais elementos do Conselho Diretivo.

Na próxima segunda-feira deverá realizar-se uma reunião com o conselho diretivo para se debater a possibilidade da demissão. Bruno de Carvalho saiu acompanhado de segurança, tendo aparecido mais dois carros de polícia nas instalações do Sporting, como medida de prevenção. A AG, cuja primeira chamada seria às 14h30, já começou com um atraso de duas horas.

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Bruno abandona Assembleia-geral do Sporting e ameaça demitir-se

"Acho que esta foi uma das assembleias mais concorridas de sempre da era Bruno de Carvalho. Estiveram presentes cerca de 800 associados, os quais, depois de tudo somado, corresponderam a cerca de cinco mil votos. Dos oito pontos em discussão, seis foram aprovados, ficando só dois por aprovar", referiu Jaime Marta Soares.

O presidente da mesa da AG leonina adiantou que "faltou um pouco de calma para se discutir os pontos mais controversos. E dessa falta de calma resultou uma discussão mais acalorada, mas sem se ultrapassarem os limites do bom senso", salientou.

E Marta Soares prosseguiu: "Houve muito calor. Numa alteração estatutária, vem sempre ao de cima o calor. Talvez aí tivesse faltado a serenidade que se impunha e o respeito suficiente para que tivéssemos levado a bom porto esta assembleia geral".

"A Assembleia-Geral terá de ser retomada e acabaremos por concretizar a reforma estatutária que se impõe. E foi essa falta de calma que impediu que terminássemos a votação sobre esses dois pontos", disse ainda o presidente da assembleia geral.

"O que aqui hoje pudemos constatar é que foi respeitado religiosamente o que era a vontade dos sócios. Ficaria triste se algum dos sócios que estiveram presentes viesse cá fora dizer que tinha sido impedido de manifestar a sua opinião".

Jaime Marta Soares considerou que o termo abandono é muito forte para classificar a saída abrupta de Bruno de Carvalho. "Eu só não saí da Assembleia-Geral porque o presidente deste organismo tem sempre de ficar até ao fim e é o último a abandonar o barco", concluiu.

Um dos principais focos de contestação a Bruno Carvalho é a questão do papel do Conselho Leonino no seio do Sporting, um órgão que tem apenas um papel consultivo, mas que o presidente leonino pretende reformular ou mesmo extinguir, segundo frisaram alguns associados sportinguistas após a conclusão desta polémica assembleia geral.

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