No nono andar do cemitério há quatro compartimentos da família de Pelé, onde já estão os restos mortais do pai do 'rei' do futebol e de outros familiares.
O cemitério onde será enterrado Edson Arantes do Nascimento, conhecido por Pelé, em Santos, construiu um memorial para guardar os restos mortais do antigo futebolista, cujos detalhes estão guardados a sete chaves.
A Lusa esteve no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, e visitou o jazigo da família Pelé, no nono andar, local alto e silencioso em que se pode ver parte das arquibancadas do estádio da Vila Belmiro, onde o ex-futebolista marcou a história do desporto brasileiro e mundial e que recebe o seu velório, onde já passaram mais de 80 mil pessoas e que deverá terminar às 10h00 locais (13h00 Lisboa) desta terça-feira.
Depois do velório, o corpo de Pelé será transportado num carro aberto pelas ruas de Santos num cortejo que passará por vários pontos da cidade e terminará no cemitério vertical onde está prevista uma cerimónia fechada para convidados e familiares.
No nono andar do cemitério vertical há quatro compartimentos (espaços onde o caixões são colocados) da família de Edson Arantes do Nascimento, onde já estão os restos mortais do pai do 'rei' do futebol e de outros familiares.
Os compartimentos da família Pelé dividem o andar com dezenas de outras famílias, cujo local de descanso está adornado por flores artificiais, nomeadas com letras prateadas em placas de mármore.
Embora tenha comprado este espaço no nono andar em que se pode ver o estádio da Vila Belmiro, o 'rei' do futebol brasileiro deve ser sepultado numa área especial, no primeiro andar, onde está a ser construído um memorial.
Pessoas que trabalhavam na véspera neste novo espaço, que não permitiu o acesso, contaram à agência Lusa que no memorial que guardará os restos mortais de Pelé há uma estátua dourada dele, pisando uma bola de futebol, e várias imagens dos seus momentos de glória.
Em 2003, numa entrevista, Pelé contou que escolheu o cemitério vertical porque o espaço transmite "paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, e nem sequer parece com um cemitério".
Na parte externa do complexo vertical de mais de 40 mil metros quadrados há pássaros, papagaios, pavões, araras em grandes gaiolas, cujos sons rivalizam com os ruídos de animais que vivem num morro da Mata Atlântica, localizado atrás do cemitério.
Um dia antes da chegada dos restos mortais do mais importante atleta brasileiro do século 20, o clima era de calma e tranquilidade no cemitério que irá guardar seus restos mortais.
Pelé morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da "falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia", segundo aquele estabelecimento hospitalar, em comunicado.
Pelé estava internado desde o dia 29 de novembro no naquele hospital para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória, e o seu estado de saúde agravou-se.
Pelé, nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo Cosmos, dos Estados Unidos.
Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).
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