A edição de hoje
Jogo terminou com a vitória 'encarnada' por 2-0.
Paulo Fonseca (treinador do Sporting de Braga): "A verdade é que saímos do jogo sem marcar. Não foi falta de oportunidades, mas foi mesmo porque não fomos eficazes, ao contrário do Benfica. Não quero ser parcial, mas parece-me que a diferença esteve na eficácia.
Parece que entrámos bem no jogo. A primeira oportunidade é do Braga, e depois sofremos um golo num início de jogo estranho. Sofremos golo através de um autogolo, a seguir sofremos um golo de bola parada. Obviamente que isto deixou o Benfica mais tranquilo no jogo.
A minha equipa fez tudo para dar a volta à situação. O Braga criou oportunidades, o Braga jogou no meio-campo ofensivo. O Braga teve 65 por cento de posse de bola. Penso que não está ao alcance de qualquer equipa. O maior elogio feito à minha equipa aqui hoje é reconhecer o sucesso da estratégia defensiva do Benfica.
(Sobre as entradas de Filipe Augusto, Joan Román e Pedro Santos) Quando entraram, fizeram-no no contexto mais difícil do futebol, com uma equipa que defendeu dentro de 30 metros, onde há grande aglomeração de jogadores. Parece-me que o Filipe Augsto veio trazer coisas positivas ao jogo, parece que o Joan tentou trazer alguma iniciativa individual. Jogámos o segundo tempo todo no meio-campo do Benfica, que tinha as linhas baixas, e não era fácil. Ainda assim tivemos várias oportunidades.
Há dois anos que não falo de árbitros. Não quer dizer que não o possa vir a fazer, mas não quero encontrar aí uma desculpa para a nossa derrota. Perdemos, porque o Benfica fez dois golos.
Eventualmente poderá ter existido algum cansaço, mas isso não ficou patenteado no jogo. Jogámos a segunda parte toda instalados no meio-campo ofensivo. Se analisarmos por aí, não me parece que o cansaço tenha existido. (Vukcevic, habitual titular, não esteve no banco de suplentes) Deixei o Vukcevic de fora por opção."
Rui Vitória (treinador do Benfica): "Sabíamos que era um jogo com grau de dificuldade, pela qualidade do Braga, mas sabíamos que, se a nossa estratégia fosse bem executada, iria ter resultados. Entrar forte era uma das premissas para criar imprevisibilidade no Braga e insegurança. Os jogadores passaram à prática aquilo que foi pensado por nós de forma categórica. Depois, houve uma organização muito grande, e, quando foi preciso unir forças e defender, também o fizemos.
Fica a vitória num campo difícil, onde é difícil qualquer equipa passar, onde o Benfica teve sempre dificuldades em jogar. Fica uma vitória boa, justa, contra uma boa equipa, por 2-0. Se calhar poderia ter havido mais golos de um lado ou de outro. Há depois, na parte final, um lance de grande penalidade, que, felizmente, não foi necessário, pois estávamos a vencer. Não foi um jogo perfeito, mas foi um jogo bem conseguido da nossa parte.
(Sobre a exibição de Renato Sanches) Não me surpreendeu. Valoriza muito mais a qualidade do jogador e a qualidade dos jogadores que estão a chegar à equipa principal. Vejo-o a trabalhar de forma diária e permanente, sendo que é um jogador que não fez parte do 'onze' porque gosto de jogadores de cabelo com tranças, fê-lo porque tem qualidade, independentemente da idade, e achámos que era uma boa solução. Não gosto de individualizar, mas foi um bom desempenho, representativo da nossa visão sobre o futuro do Benfica.
(Sobre uma eventual subida de produção do Benfica) De três em três dias estamos a jogar. Tivemos um jogo complicado [com o Astana], no sentido em que foi uma viagem longa, num sintético, que garantia o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Sabíamos que era importante confirmar esse apuramento. Hoje, era um jogo tradicionalmente difícil. Nós entramos em cada jogo como uma oportunidade que há para jogar, para ganhar e somar os três pontos. Efetivamente, o facto de haver resultados é que dá corpo a isto e acaba por dar uma sensação de maior satisfação. Sabemos o que temos de fazer e projeto que o Benfica tem e vão contar connosco em todas as competições, no sentido de ganharmos os jogos todos em que entramos."
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