'Macaco’ reconhece pressão aos árbitros por elementos dos Super Dragões. Garante que agem por conta própria.
- Os Super Dragões já pressionaram algum árbitro?
Fernando Madureira - O árbitro Artur Soares Dias foi abordado, a ser verdade o que diz, por dois elementos, um deles identificado com os Super Dragões, quando saía do treino no estádio da Maia. Foram duas pessoas que agiram por conta própria, revoltadas com a suspeição que rodeia a arbitragem e os jogos do FC Porto. Esses elementos terão que responder por isso. Ninguém, do clube ou da claque, os mandou fazer fosse o que fosse. Não posso, nem consigo, controlar o que as pessoas fazem no dia a dia.
- Chefiar a claque fora do estádio é tarefa complicada?
- Gerir uma massa humana de cinco mil pessoas não é fácil. No seio dos Super Dragões existem pessoas boas e más, há de tudo. Uma das minhas funções é impedir que as pessoas tragam coisas más para os jogos, é canalizar toda essa força, toda a energia, para apoiar o FC porto e impedir que façam coisas que prejudiquem o clube. Mesmo quando há casos de vandalismo, acredito que sejam de elementos da claque mas, como já disse, ninguém nos Super Dragões ou do FC Porto manda praticar esses atos, são coisas que as pessoas fazem por iniciativa própria.
- Porque há esta mediatização?
- Não há ninguém no Mundo que só faça coisas boas. Não tenho culpa que os Super Dragões façam noventa e nove coisas boas e isso não é notícia. Quando um elemento faz algo errado… a comunicação social potencia esse facto ao máximo porque é isso que vende.
- Tem, ou não tem, uma vida de luxo?
-Tenho uma vida de luxo mas não ganho nem declaro o ordenado mínimo. Declaro às Finanças um rendimento anual de cerca de 60 mil euros… Por isso, para a vida de luxo que levo dá perfeitamente. Também é verdade que nós, portugueses, gostamos de viver acima das nossas capacidades.
- Qual a origem dos rendimentos que declara?
- Tenho, em sociedade com o meu sogro, uma ‘guest house’ e um restaurante na Batalha, Porto. Tenho também prédios onde exploro o alojamento local. Como se sabe, o Porto é um destino de turismo premiado e referenciado internacionalmente. Esses negócios têm corrido muito bem e estou feliz por isso.
- Qual a sua posição quanto à polémica do cântico da Chapecoense?
- Esse cântico foi de mau gosto e repudiei-o de imediato, assim como o FC Porto, e de uma maneira geral toda a gente. Penso que as pessoas não tiveram a consciência do que estavam a cantar nem da gravidade. Para elas, estavam a cantar algo que era, apenas, contra o Benfica. No entanto, não cantei e o IPDJ castigou-me, sem provas, com seis meses sem poder entrar em recintos desportivos. Felizmente, há tribunais, recorri e deram-me razão. Foi por isso que disse que o IPDJ tem "palas vermelhas".
- Qual a relação com o FC Porto?
- Existe uma boa relação pessoal, institucional e profissional com toda a estrutura do futebol. Liderar os Super Dragões, e servir o FC Porto, exige uma dedicação de 24 horas diárias.
- Sonha ser presidente do clube?
- A minha cadeira de sonho é a liderança dos Super Dragões, o FC Porto está muito bem servido de presidente, Pinto da Costa é o homem certo no lugar certo. Desejo é que o nosso presidente se mantenha durante muitos mais anos. Mas o futuro a Deus pertence.
-Há uma ‘máquina benfiquista’?
- Cada vez há mais provas que sim. Fomos surpreendidos, agora, com mais mails, agora do presidente do IPDJ a pedir convites para o Estádio da Luz para toda a gente, para o pai, filhos, tios, para o cão, para o gato e para o periquito. A influência do Benfica no futebol e na sociedade estão a ser desmascaradas. Os tribunais vão-se encarregar de julgar se é verdade ou mentira mas da vergonha e da fama já não se livram. Depois dos casos da Porta 18, vouchers e mails, o caso E-Toupeira vem dar credibilidade às suspeitas que já existiam para trás. Se alguém ainda tinha dúvidas…
- Relatos de violência do Canelas 2010 são empolados?
- Tudo em volta do Canelas 2010 é mediatizado porque jogo nesse clube. Se não jogasse, ninguém falava do clube como se fala. Não sou santo nem criminoso. Entrego-me, como todos os jogadores da equipa, ao jogo com uma vontade indomável de vencer, não somos mais um em campo, somos diferentes. Pelo contrário, tento evitar qualquer problema em campo porque sei que é a minha imagem que vai pagar.
"O meu carro é bom, mas não é um Lamborhini"
Fernando Madureira - O carro é, realmente, uma grande bomba mas não é meu. É de um amigo que o tem à venda num stand, não custa 300 mil euros como dizem. Está à venda por 150 mil euros. Quem quiser pode ir comprá-lo. Tenho um carro mas não é tão bom, é um Porsche panamera.
-Qual a origem do ‘Macaco’?
-Sou nascido e criado na Ribeira, onde toda a gente tem uma alcunha. A mim calhou-me esta, em criança, e perdurou no tempo. Tenho orgulho das minhas origens e lido bem com esta alcunha. É algo que não me ofende mas sinto que, por vezes, é usada com maldade. Sei que tudo faz parte do circo mediático.
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