João Mário ausente, João Moutinho distante e Ronaldo sem luz.
Se Portugal precisa de um banho gelado para refazer os níveis de humildade, é bom que os jogadores fiquem submersos neste empate até ao próximo sábado.
Desde o primeiro minuto, os islandeses lutam por cada bola como se todo o futuro ficasse suspenso de mais aquele ressalto. No lado português, João Mário é o elo mais fraco num péssimo momento da sua relação com a bola. Moutinho está a léguas do grande médio que certamente ainda pode ser. Os dois laterais atacam bem, mas Vieirinha é um desastre a defender, com danos irreversíveis para Portugal, como adiante se verá.
Nas bancadas, os portugueses vão-se calando (que raio de Nação somos nós, incapazes de criar gritos ou melodias coletivas. Se nada mais nos une, então, ao menos, cantemos o hino nacional). A partir dos 15 minutos, os islandeses mandam no ambiente do estádio, com ritmos que lembram vigorosas remadas de barco viking na ânsia de conquista.
Na relva, Portugal continua a dominar e pode marcar por quatro vezes, entre os 18 e os 26’. Mas o golo não chega.
Vai acontecer aos 31’, numa excelente jogada pela direita, entre Vieirinha e André Gomes, com o centro de André Gomes – rasteiro, como os centros devem ser perante defesas daquele tipo – a encontrar Nani para um toque subtil, que visa com êxito o ângulo fechado do guarda-redes. Aos 35’, o capitão da Islândia, Gunnarsson, carrega Nani, para amarelo, mas o árbitro vai poupá-lo até final do jogo.
No segundo tempo, Portugal aparece ainda menos convincente, os islandeses continuam a ecoar nas bancadas e, na relva, vão chegar ao golo aos 50’. Falta de apoio ao excelente Raphael Guerreiro, na esquerda, acaba num centro, que Vieirinha não consegue cortar, por deficiente posicionamento. Bjarnason agradece o bónus com um toque seco para o empate. Portugal perde ainda mais o norte. E só aos 70 minutos Fernando Santos mexe. Sai Moutinho, entra Sanches.
Só aos 76’, Quaresma ganha direito a entrar num jogo que já ameaçava empate. Uma entrada tardia da única esperança no banco. O jogo acaba com o desinspirado Ronaldo a marcar dois livres diretos e, desesperado, a pedir penálti após a última bomba que acerta na barreira.
-----
Árbitro - Um turco à inglesa
O árbitro teve exibição segura com uma única dúvida: não terá deixado jogar demasiado no limite os duros islandeses? A seu favor, tem o facto de ter usado idêntico critério para os poucos duros da seleção portuguesa.
Mais - Raphael guerreiro merece defesa
Os melhores sinais vieram da esquerda da defesa, onde Raphael Guerreiro se mostra um maravilhoso canhoto, numa dinâmica ofensiva que promete encantar Portugal nos próximos encontros. Com um craque destes, talvez devesse haver na direita alguém que defenda bem.
Menos - Quaresma à queima e discurso onírico
O discurso positivo de Fernando Santos e as derivas oníricas de Marcelo e António Costa põem a Seleção a jogar acima do solo. Só o excesso de confiança pode justificar este empate. E nada pode justificar que Quaresma comece no banco, para depois entrar à queima, a 14’ do fim.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.