Declarações de Albares surgem depois de o governo do Brasil ter divulgado um comunicado sobre o caso de Vinícius Júnior.
O Governo espanhol assegurou esta segunda-feira que não haverá "qualquer cobertura" para casos de racismo como aquele de que foi alvo o futebolista brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, num jogo no domingo em Valência.
"Estes incidentes são intoleráveis e absolutamente condenáveis, não apenas no espaço desportivo como num país como Espanha, terra de acolhimento e que faz da diversidade a sua bandeira. A xenofobia demonstrada por alguns energúmenos envergonha-nos como sociedade", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, numa conferência de imprensa em Bruxelas.
Segundo Albares, "da parte do governo de Espanha não haverá qualquer dúvida nem qualquer cobertura para qualquer atitude de racismo, de intolerância ou de rejeição do pluralismo".
As declarações de Albares surgiram depois de o governo do Brasil ter divulgado um comunicado sobre o caso de Vinícius Júnior em que "lamenta profundamente que, até ao momento, não tenham sido tomadas providências efetivas para prevenir e evitar a repetição desses atos de racismo".
No mesmo comunicado, dos ministérios das Relações Exteriores, da Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública, do Desporto e dos Direitos Humanos, o governo brasileiro "insta as autoridades governamentais e desportivas da Espanha a tomarem as providências necessárias, a fim de punir os perpetradores e evitar a recorrência desses atos" e "apela, igualmente, à FIFA, à Federação Espanhola e à Liga a aplicar as medidas cabíveis".
Segundo os meios de comunicação social brasileiros, o Ministério das Relações Exteriores deverá chamar a embaixadora da Espanha no Brasil, María del Mar Fernández Palacios, para dar explicações após o novo caso de racismo sofrido pelo futebolista do Real Madrid.
No domingo, o avançado brasileiro Vinícius Júnior foi, mais uma vez, alvo de insultos racistas por parte de adeptos, que motivaram reações de vários quadrantes, incluindo do Presidente do Brasil, Lula da Silva, e do líder da FIFA, Gianni Infantino.
Nos últimos meses, Vinícius, de 22 anos, tem sido alvo de vários insultos racistas e, no final de janeiro, o jogador foi o protagonista de um episódio que levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a enviar uma carta às entidades que regem o futebol (FIFA, UEFA e CONMEBOL) a solicitar medidas concretas para punir os comportamentos racistas e aumentar a consciencialização sobre o tema.
No domingo, Vinícius, que acabou expulso depois de agredir um adversário do Valência, mesmo no final do encontro (90+7), que os 'merengues' perderam por 1-0, criticou a Liga espanhola e os adeptos com uma mensagem publicada nas redes sociais.
"Não foi a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira. O racismo é normal na LaLiga. A competição acha que é normal, a federação acha que é normal e os adversários encorajam-no. Lamento-o. O campeonato que já pertenceu a Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje pertence aos racistas", escreveu o futebolista no Twitter.
O Real Madrid apresentou uma queixa no Ministério Público "por delitos de ódio e discriminação" para com o internacional 'canarinho' e a Procuradoria de Valência anunciou hoje a abertura de uma investigação aos insultos racistas de que foi alvo Vinícius Júnior num jogo da 35.ª jornada da Liga espanhola.
De acordo com a procuradoria do Ministério Público de Valência, em causa está um "alegado crime de ódio".
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