APAF admitiu avançar com uma paragem total, caso as suas propostas para a atividade não sejam aceites pelas autoridades desportivas.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considerou, esta quarta-feira, que a posição da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) "é incompreensível e provoca alarme social", referindo que alterações no regulamento só na próxima época.
Em comunicado, a Liga de clubes, liderada por Reinaldo Teixeira, respondeu à APAF, que, horas antes, admitiu avançar com uma paragem total, através de uma nota intitulada "cartão vermelho à violência verbal", caso as suas propostas para a atividade não sejam aceites pelas autoridades desportivas.
A Liga de clubes entende que a posição da APAF é "incompreensível e provoca alarme social", lembrando que se registava uma "acalmia nos últimos fins de semana no que diz respeito a críticas públicas à arbitragem", pelo que estranhou o facto de o organismo colocar de novo os árbitros no "epicentro da discussão".
"A Liga Portugal lamenta a posição da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), particularmente do seu presidente, José Borges, na medida em que o assunto agora trazido a público -- reivindicações da associação de classe - já havia sido tratado aquando da reunião entre as partes, a 12 de novembro, e reiterado em conversas posteriores. A Liga Portugal não compreende, por isso, o alcance do recente comunicado da APAF nem o facto de ter sido tornado público na véspera da Cimeira de Presidentes, que não é um órgão deliberativo", pode ler-se na nota divulgada.
A LPFP recordou que recebeu da estrutura representativa dos árbitros um caderno reivindicativo, nomeadamente no capítulo da disciplina, relacionado com o comportamento dos agentes desportivos, e que "dada a sua complexidade e teor, foi reencaminhado para os serviços jurídicos, que primeiro verificam a admissibilidade legal de cada reivindicação".
Seguiram-se contactos entre os dois organismos, com a Liga de clubes a defender que ficou explicito que as possíveis alterações não seriam efetuadas com a época a decorrer.
"Na defesa intransigente da integridade das competições, não havia condições para se fazer a solicitada alteração regulamentar, pelo que qualquer mudança às regras com um campeonato em curso nunca seria equacionável pelo organismo, nomeadamente para uma proposta que, ativada a meio da época, geraria dois pesos e duas medidas para situações idênticas entre a primeira e derradeira jornada", refere.
O organismo voltou a manifestar a sua disponibilidade para analisar todas as propostas de alteração dos regulamentos de competições, arbitragem ou disciplinar para a época 2026/27.
Na reunião com a Liga de clubes, a APAF defendeu o agravamento do Regulamento Disciplinar em mais de uma dezena de artigos, preconizando o reforço da punição de atitudes e comportamentos de clubes e agentes desportivos com as equipas de arbitragem.
Entre as propostas, sem aludir ao caso relatado pelo árbitro Fábio Veríssimo no jogo entre FC Porto e Sporting de Braga, a APAF defende a alteração do Artigo 66.º, referente a coação, acrescentando a ocorrência com familiares dos elementos de arbitragem.
A APAF prossegue com o aumento das multas, no caso de declarações sobre arbitragem antes dos jogos, para o triplo, defendendo a perda de pontos, em caso de reincidência, e a penalização da "suspeição", com idêntica proporção a ter a proposta de agravamento das sanções às agressões a árbitros, incluindo a perda de cinco a 10 pontos.
A estrutura representativa dos árbitros defende um agravamento de 100% das multas para os atos de lesão da honra e reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros, propondo ainda, em caso de reincidência, um a três jogos de interdição, e, no caso de três ou mais condenações, a perda de dois a seis pontos.
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