Abel Chelangat devolve Uganda às vitórias na Maratona do Porto seis anos depois

Naom Jebet devolveu o Quénia aos triunfos na vertente feminina sete anos depois.

03 de novembro de 2024 às 15:13
Abel Chelangat corta a meta na Maratona do Porto Foto: Fernando Veludo/Lusa
Naom Jebet corta a meta na prova feminina na Maratona do Porto Foto: Fernando Veludo/Lusa

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O atleta Abel Chelangat tornou-se este domingo o segundo ugandês a dominar a Maratona do Porto, ao repetir o êxito de Robert Chemonges em 2018, enquanto Naom Jebet devolveu o Quénia aos triunfos na vertente feminina sete anos depois.

Na celebração do 20.º aniversário de uma das mais participadas maratonas portuguesas, Chelangat destacou-se da concorrência na parte final do trajeto de 42,195 quilómetros e alcançou isolado a meta instalada no Queimódromo ao fim de 2:10.01 horas.

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Ao relegar Gideon Kiprop Rotich e Patrick Ketter Kiplagat para os restantes lugares do pódio, a 1.00 e 1.06 minutos, respetivamente, o ugandês resistiu ao contingente alargado de corredores do Quénia, país de 15 dos 19 vencedores anteriores do evento.

Abel Chelangat sucedeu ao queniano Emmanuel Kemboi, vencedor em 2023, com 2:14.13, mas não conseguiu concretizar o desejo da organização em renovar o recorde absoluto da prova, de 2:08.58, estabelecido há três anos pelo queniano Zablon Chumba.

Chelangat vai receber prémios de 5.000 euros pela vitória e de 1.500 pelo tempo inferior a 2:11 horas, numa manhã em que os três atletas lusos mais rápidos fecharam o top-10 da classificação geral e perfizeram o pódio do Campeonato de Portugal de maratona, prova anual tutelada pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) e inserida no evento portuense.

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Nuno Lopes (3 Santos Populares) conquistou um inédito título em 2:20.29 horas, tendo chegado antes de Carlos Costa (Vizela Corre), com 2:21.24, e João Fernandes (Areias de São João), com 2:22.07, para suceder a José Sousa, vencedor das últimas duas edições.

Entre as mulheres, a queniana Naom Jebet correu quase sempre isolada das adversárias e festejou em 2:30.00 horas, o 17.º melhor tempo da geral, à frente da compatriota Peniah Jerop, segunda classificada do setor feminino, a 10.08 minutos, e da sueca Malin Starfelt, terceira, a 12.

Jebet quebrou uma série de quatro triunfos da Etiópia, intercalados pelo êxito de Vanessa Carvalho em 2022 - beneficiou da desclassificação da queniana Alice Jepkemboi Kimutai, por controlo antidoping positivo -, levando a sua nação ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez desde 2017, quando Monica Jepkoech tinha fixado o recorde feminino da prova em 2:26.58 horas.

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O Quénia passou a totalizar sete triunfos, contra oito da Etiópia e cinco de Portugal, cuja melhor representante foi Laura Grilo (Praças da Armada), ao terminar na 104.ª posição da geral, e quinta entre as mulheres, para suceder a Célia Barbosa como campeã nacional.

Grilo gastou 2:54.08 horas e melhorou as 2:57.04 cronometradas em 06 de outubro na Maratona de Lisboa, em que também tinha sido a atleta nacional mais rápida, deixando para trás Patrícia Carreira (Espite), com 3:01.12, e Elisabete Nunes (Salgueiros), com 3:14.09,

Organizada desde 2004 pela Runporto, sob chancela da World Athletics, a Maratona do Porto celebrou o 20.º aniversário com o regresso ao trajeto de 2022, que substitui a passagem de Vila Nova de Gaia por Leça da Palmeira, abdicando da habitual travessia sobre o rio Douro através da Ponte D. Luís I, devido às obras de construção da Ponte D. Antónia Ferreira.

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A competição arrancou junto ao Sea Life, na via do Castelo do Queijo, em paralelo com uma corrida solidária de 10 mil metros - na qual venceram Nuno Pereira (31.01 minutos), nos homens, e Rafaela Fonseca (35.51), nas mulheres - e uma caminhada de seis quilómetros, sem fins competitivos ou limite etário.

As três provas juntaram mais de 12 mil inscritos, de 84 nacionalidades, dos quais quase 7 mil competiram na distância olímpica, deixando satisfeito o diretor-geral da Runporto.

"Não tem nada a ver olhar para isto e recordar o que era há 20 anos. Vemos os atletas a chegarem à meta com aquele ar de cansados, mas felizes. Isso é sinónimo de que este evento se tornou adulto", traçou Jorge Teixeira, em declarações à agência Lusa.

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