Atletas dos EUA com mais medalhas pagam mais impostos
Desportistas estão contra esta contribuição.
Ganhar uma medalha é o objetivo de qualquer atleta quando se participa nos Jogos Olímpicos. Mas se depois da conquista deste prémio fosse preciso pagar um imposto? Isto é o que acontece aos atletas dos Estados Unidos.
Simon Biles e Michael Phelps são os norte-americanos mais medalhados nas olimpíadas que estão a acontecer no Rio de Janeiro, mas serão também os campeões das contribuições para o "imposto da vitória", uma taxa a que os atletas se têm oposto veementemente.
A esta ‘oferta’ acresce ainda o valor monetário da medalha que é taxada de acordo com o material de que é feita. As medalhas de ouro valem cerca de 600 dólares (532 euros). As medalhas de prata estão avaliadas em cerca 300 dólares (266 euros) e as medalhas de bronze valem apenas quatro dólares - pouco mais de três euros.
Se fizermos as contas, um campeão olímpico rende aos Estados Unidos uma quantia de cerca de 10 mil dólares por medalha. Os medalhados de prata têm de pagar quase seis mil dólares em impostos e os de bronze 3900 dólares.
Retomemos então as medalhas conquistadas por Simon Biles e Michael Phelps. A ginasta conquistou cinco medalhas, quatro de ouro e uma de bronze, o que se traduz numa fatura que pode chegar aos 38 mil euros. Já o nadador norte-americano - com cinco medalhas de ouro e uma de prata - poderá ter de pagar até 55 mil dólares em impostos, cerca de 48,7 mil euros.
Os Estados Unidos são até ao momento o país que mais medalhas conquistou nos Jogos Olímpicos dos Rio de Janeiro. O medalheiro norte-americano conta com 93 prémios - 30 medalhas de ouro, 32 de prata e 31 de bronze.
O "imposto da vitória" tem sido tema de discussão não só entre os congressistas, mas também entre os atletas que consideram esta contribuição injusta.
Os atletas olímpicos dos EUA têm ainda de pagar do próprio bolso os seus treinos, e poucos recebem um salário do Comité Olímpico, que lhes garante apenas o seguro de saúde.
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