"Um festival de sofrimento até ao final": João Almeida agarra-se à camisola rosa no Giro de Itália
Ciclista português foi quarto colocado, a 37 segundos, perdeu 35 segundos para Kelderman.
O português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) suportou este domingo o que apelidou de "festival de sofrimento" na 15.ª etapa para segurar a liderança da geral da Volta a Itália em bicicleta, prometendo "defender a camisola rosa" até onde puder.
Aos jornalistas, Almeida explicou que este foi "um festival de sofrimento até ao final" e que já esperava "que alguém atacasse", acabando por ser o segundo à geral, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), que esteve "super forte".
A esta foi conquistada pelo britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), de 25 anos, que cumpriu os 185 quilómetros entre a base aérea de Rivolto e Piancavallo em 4:58.52 horas, dois segundos à frente de Kelderman, que foi segundo classificado, e quatro do australiano Jai Hindley (Sunweb), terceiro.
Almeida, quarto colocado, a 37 segundos, perdeu 35 segundos para Kelderman, que ainda bonificou pelo segundo lugar, mas manteve a camisola rosa, com 15 segundos de vantagem para o holandês, com Hindley no terceiro lugar, a 2.56 minutos, e grande parte dos restantes favoritos agora mais distantes do português.
Daqui para a frente, diz, o objetivo "é o mesmo". "Vou continuar a defender a camisola e vamos ver quão longe posso ir. Sem a equipa, isto não seria possível. São menos de 20 segundos [de margem], mas vou defender-me", atirou.
No "dia mais duro até aqui", acabou por fazer sozinho grande parte da subida final até à meta em Piancavallo, porque "não sobrou mais ninguém", mas agradeceu ainda à equipa, sem quem "isto não seria possível", mesmo que se tenha mesmo isolado nos quilómetros finais.
"Retirei o auricular [do rádio] porque estava tão concentrado em dar o meu melhor. Estava mesmo a fazer tudo o que podia para segurar a camisola rosa", explicou.
Está "muito feliz" de seguir com a 'maglia rosa' e garantiu que o segundo dia de descanso, na segunda-feira, vai ajudar a defender a liderança nos próximos dias, depois deste domingo "Kelderman ter sido super", mas "não se pode ser super todos os dias".
Na segunda-feira, cumpre-se o segundo e último dia de descanso, antes de uma derradeira semana de prova, com seis etapas, marcada pela alta montanha, antes do contrarrelógio da 21.ª etapa, em Milão.
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