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Ali Truwit foi atacada por um tubarão, amputou parte da perna e agora luta pelo ouro nos Jogos Paralímpicos

Nadadora de 24 anos passou por um pesadelo no último ano, mas vai atrás das medalhas em Paris.

29 de agosto de 2024 às 09:30

Ali Truwit estava de férias, no ano passado, com as amigas na ilha britânica de Turcos e Caicos, junto à América Central, quando sofreu um ataque de um tubarão no meio do oceano Atlântico. A nadadora, de 24 anos, teve de amputar parte de uma perna e um ano depois vai participar nos Jogos Paralímpicos, rumo à conquista de medalhas de ouro. 

"Adoro histórias com reviravoltas e baseei-me nelas para me ajudar a manter uma certa esperança irrealista - de lutar contra um tubarão, sobreviver, perder um membro e fazer os Paraolímpicos, tudo num ano", confessou Ali, em entrevista à 'NBC News'. 

Tudo aconteceu a 24 de maio de 2023, quando a jovem voltava para o barco depois de nadar, com amigas, nas ilhas de Turcos e Caicos, no oceano Atlântico. Um tubarão começou a rodeá-la até que a atacou no pé e na perna. "O meu primeiro pensamento foi: ‘Estou louca ou não tenho pé?’. Foi uma imagem muito difícil para mim, mas tive de agir rapidamente", recordou. 

Ali foi levada diretamente para o Hospital em Miami onde realizou duas cirurgias para combater as infeções e uma terceira para amputar metade da perna, no dia do seu 23.º aniversário. 

Apesar do trauma – precisou de ajuda psicológica, de fisioterapia -, focou-se rapidamente em trabalhar e recuperar para preparar-se para as eliminatórias paralímpicas. "Eu não costumo esperar para não deixar o medo guiar a minha vida. Eu tinha perdido muito, mas não queria perder o amor pela água", explicou Truwit, que três meses depois das operações regressou às piscinas para competir. 

"Eu estava muito curiosa para saber como me iria sentir ao estar de volta às piscinas e a uma competição. Quanto mais trabalhava, mais a dor diminuía." 

Nas qualificações para a equipa dos paraolímpicos dos Estados Unidos, Ali Truwit venceu a prova dos 100m costas, dos 100m e 400m livres. "Acho que ouvir o meu nome naquela equipa foi apenas uma lembrança de que sou mais forte do que penso, de que todos somos mais fortes do que pensamos."

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