SEXO COM BOLAS, CIGARROS E MUITO MAIS
Na Tailândia, os turistas assistem a ‘shows’ eróticos onde mulheres atiram dardos com a vagina. Mas em Portugal também há espectáculos de sexo.
Grande parte dos turistas que vagueia por Banguecoque não põe os pés no templo sagrado do Buda Esmeralda. Esses viajantes preferem descobrir os prazeres mais profanos da prostituição, à solta nas ruas da capital tailandesa, e assistir aos espectáculos eróticos mais bizarros do planeta: os ‘shows’ de 'pompoarismo'. Por cinco dólares, qualquer ocidental pode entrar em salas fumarentas e mal iluminadas, onde dezenas de mulheres fazem acrobacias com o seu sexo em cima de um palco. Elas fumam, jogam com bolas de pingue pongue e arremessam dardos usando apenas a força da sua vagina. Quando acertam nos balões atados no tecto, os turistas aplaudem freneticamente.
Parece um mau filme de ficção científica, mas a proeza exótica não é mais do que uma técnica milenar nascida na Índia. Há três mil anos, reza a lenda que as mães ensinavam às filhas como controlar o seu músculo vaginal. Já no início do século XX, as gueixas japonesas e as prostitutas tailandesas, passaram a usar esta técnica para proporcionar maior prazer aos seus amantes. Os ocidentais despertaram para esta prática em 1976, com o filme japonês ‘Império dos Sentidos’, onde a actriz 'pompoava' com um ovo cozido. Em 1994, em ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’, uma das personagens voltava a ‘pompoar’, arremessando bolinhas com a sua vagina.
A “contracção voluntária dos músculos vaginais” foi ganhando adeptos. E até foi inventado um dicionário, onde pontuam palavras como ‘guilhotinar’, ‘revirgindar’, ‘sugar’ ou ‘expulsar’. Na Internet, não faltam 'sites' a garantir “satisfação intensa” e “orgasmos múltiplos”. E no Brasil, uma professora de 'pompoarismo', é peremptória: “É a única técnica sexual saudável que conheço”. Mais um mito urbano?
Em 2003, os teatros de Lisboa e Porto foram palco de espectáculos onde o sexo foi abordado sem preconceitos, escandalizando meia nação e divertindo a outra metade.
‘I Love My Penis’
Almeno Gonçalves e António Melo inspiraram-se na peça brasileira ‘Diálogos do Pénis’ e adaptaram-na para a realidade portuguesa. ‘I Love My Penis’ estreou em Abril no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. “É o espectáculo a que as mulheres gostariam de assistir na realidade: o que os homens dizem delas”, explicam. Infelizmente, não houve acrobacias.
‘Puppetry Of The Penis’
David Friend e Simon Morley, dois artistas australianos, estiveram no Teatro Tivoli a apresentar ‘Puppetry Of The Penis’. Um ‘show’ que mostrava os seus “pénis grandes cabeludos” . Verdadeiros artistas!
‘XXX’
Em Março, os catalãos La Fura Dels
Baus escandalizaram Lisboa com a passagem da sua performance mais controversa, ‘XXX’, onde não faltou sexo ao vivo. “Há muitas possibilidades, muito mais buracos no corpo do que só o pénis
e a vagina”. Um dia destes, descobrem o 'pompoarismo'...
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