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Artigo exclusivo

O comunista que desertou

O livro de Pedro Prostes da Fonseca apresenta a traição de Carlos Rates. De comunista a salazarista.

27 de julho de 2021 às 11:00

Infelizmente, este livro não é uma biografia de Carlos Rates (1879-1961) - mas pode constituir uma interessante introdução ao estudo da figura do primeiro secretário-geral do PCP. Fernando Rosas, no prefácio, menciona esse aspeto decisivo da vida de José Carlos Rates, “o incorrigível” – precisamente, o toque biográfico, tingido da solidão mais devastadora, do opróbrio, do labéu da traição e da apostasia: “O mergulho desencantado nessa espécie de anonimato que o esquecimento ou a desmemória tecem em torno das personagens que se perdem de si próprias.” E isso é o que mais me impressiona na figura de Rates – o extraordinário militante sindicalista que visita “a Rússia soviética” na sequência da revolução bolchevique, que regressa para ocupar o cargo de secretário-geral do Partido Comunista, e que acaba (a 16 de julho de 1931) a pedir a adesão oficial à União Nacional salazarista numa carta publicada no ‘Diário da Manhã’ (“Devo-o à minha consciência de pensador”, escreve ele).

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