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Os barbeiros do regime

Os irmãos Pinto são os cabeleireiros dos dois grandes rivais a Belém. Cavaco Silva é fiel às tesouradas curtas e certinhas de Joaquim. Mário Soares prefere os desbastes arrojados de António. Os candidatos confiam tanto nas suas mãos sábias como na hábil discrição. E são apenas dois dos muitos notáveis rendidos ao seu corte.

22 de janeiro de 2006 às 00:00

Os irmãos Pinto já se tinham despedido dos últimos clientes. Arrumavam as tesouras, pentes e pincéis nas prateleiras e varriam os restos de cabelo do chão quando o telefone soou no cabeleireiro. António, o mais velho, atendeu, prontamente. Do outro lado da linha, escutou a voz inconfundível do Presidente da República: “Era para combinar um corte de cabelo para amanhã à hora do costume”, solicitou o estadista, depois dos efusivos cumprimentos da praxe.

O barbeiro abriu a agenda, passando maquinalmente os dedos pelas folhas rabiscadas. Parou, subitamente, apercebendo-se que no dia seguinte, à mesma hora, havia já uma marcação. Era com o primeiro-ministro. Por momentos, ficou sem saber o que dizer ao mais alto representante da Nação, que aguardava apenas pela confirmação. “Doutor Mário Soares, parece que temos um pequeno problema…” António hesitou, mas decidiu optar pela franqueza, sem travões. “…a essa hora é impossível atendê-lo porque vou cortar o cabelo ao professor Cavaco Silva. Ele fez a reserva com bastante antecedência.” Uma fracção de segundo de silêncio apenas, antes de uma sonora e demorada gargalhada. “Ai é? Pronto, então vou na hora a seguir”, terá dito Soares, sem sombra de amargura.

Quando pousou o auscultador, o barbeiro suspirava de alívio. Apesar da boa disposição aparente de Mário Soares, os dois governantes – e seus discretos seguranças – não se cruzariam nos corredores do centro comercial Apolo 70, sede do mítico ‘Pinto’s Cabeleireiros’. Nem naquele dia, nem nos tempos seguintes. O Presidente da República só entrou uns bons minutos depois do primeiro-ministro sair, de cabelo desbastado, rumo à Travessa do Possolo. O resto é especulação, mas não é impossível que Soares tenha esperado no carro até a costa ficar livre. A tensa coabitação entre Belém e São Bento não se compadecia com abraços de circunstância na barbearia mais procurada pela nata da sociedade lisboeta.

QUINZE ANOS ANTES desse desencontro histórico, Mário Soares aterrava em Lisboa, proveniente do exílio em Paris. Nas ruas da cidade imperava a revolucionária moda Primavera/Verão de 1975, mas o socialista não se deixou contagiar. Barbas compridas e guedelhas despenteadas não eram com ele. Foi o amigo e camarada Teófilo Carvalho Santos, conhecido pelo cuidado com que tratava a imensa cabeleira grisalha, que lhe aconselhou o ‘Pinto’s Cabeleireiros’, dos irmãos António e Joaquim. Era um local de romaria de personalidades da aristocracia política como Sá Machado, Mota Pinto, Franco Nogueira, Magalhães Mota ou Correia de Oliveira.

Tal como nos melhores ‘coiffeurs’ parisienses, era obrigatória marcação prévia e o corte era moderno, à navalha. ‘Trés chic’, terá pensado o fundador do Partido Socialista, não se readaptando ao estilo demasiado tradicional e rotineiro do velho Campos. Na sua estreia no salão, pagou 110$50 por um corte com lavagem. Não era uma pechincha mas valia a pena: “Da primeira vez que cá veio, deu-me instruções claras para um corte que se adaptasse à sua fisionomia: cabelo mais cheio dos lados e mais desbastado em cima. Nunca mais foi preciso dizer-me mais nada”, recorda António Pinto. Daí em diante, passou a ser o corte “do costume”.

De mês a mês, o político rumava até ao Apolo 70, por volta das dez da manhã, não alterando o hábito, nem mesmo nos períodos mais atribulados de governação. Soares sentava-se, esperava pelas tesouradas do mestre, folheava a ‘Manchete’, uma revista de actualidade brasileira já extinta, fazia os comentários divertidos da praxe ou falava sobre política, futebol e moda, os seus assuntos predilectos. “Tinha uma enorme curiosidade em saber o que os outros clientes pensavam sobre os temas do momento”, lembra.

Com o desfolhar dos anos, ele passou a confiar tanto nas mãos sábias dos Pinto como na sua hábil discrição. “Um dia, confessou-me que os fatos não lhe andavam a cair bem”, revela o barbeiro natural de Resende. Depois do cabelo lavado, seco e penteado, pediu ao ‘amigo António’ algumas dicas sobre indumentária. O barbeiro falou-lhe num prestigiado alfaiate, ‘O Joaquim’ na Infante Santo. Soares assentou a morada e mandou lá fazer fatos à medida. “É um cliente fácil, sabe o que quer e está sempre interessado em saber os penteados que mais se usam. No entanto, para si não quer nada de extravagâncias.”

Em política de cabelo, Mário Soares não é menos conservador que Cavaco Silva, outro dos históricos fregueses. O professor de Economia descobriu o ‘Pinto’s Cabeleireiro’ quando ainda era funcionário do Banco de Portugal. Não mudou de tesoura depois de ser nomeado ministro das Finanças e mais tarde, primeiro-ministro. De três em três semanas, rumava do Palácio de São Bento para a cave no Apolo 70. Como gostava do corte bem curtinho, tornou-se num cliente ainda mais regular do que o ‘socialista, republicano e laico’. Fiel às pequenas rotinas diárias, pedia à sua secretária, Conceição Monteiro, para telefonar para o cabeleireiro e marcar um desbaste para as sete da tarde. Por vezes, era mesmo ele quem ligava. “Nunca se anunciava como ‘senhor doutor ou professor’. Era simplesmente o Aníbal Cavaco Silva”, conta Joaquim Pinto, que foi trabalhar com António em 1975, cinco anos depois da inauguração do cabeleireiro.

Cavaco Silva não era homem de muitas palavras mas fazia questão de cumprimentar os outros clientes. “A maioria ficava um pouco intimidada com o professor, mas havia muitos que lhe davam logo os parabéns por alguma entrevista na televisão”, garante Joaquim. Quando tropeçava nalgum político, o primeiro-ministro não se escusava à conversa de circunstância mas fugia a sete pés da intriga palaciana. Quando ele trazia o filho pequeno pela mão, o ambiente descomprimia-se, tornando--se quase familiar. “Ele era reservado, mas nunca foi distante”, discorre Joaquim. “O seu olhar transmitia uma enorme afabilidade.”

Tal como Soares, também Cavaco deixava uma boa gorjeta e dispensava tratamento VIP, nunca cortando o cabelo no ‘reservado’, por exemplo. A sua única ‘excentricidade’ era a espuma especial, de marca canadiana, aplicada depois do desbaste, dando um pouco de volume ao seu cabelo, um pouco fino mas forte e flexível. “Nem o aparecimento dos cabelos brancos o tentaram a escurecê-lo com tintas”, garante António Pinto, que chegou a sugerir ao professor um outro tipo de corte, um pouco mais comprido, para compensar a estreiteza do rosto. “Sem resultado. Mal o seu cabelo se começa a sobrepor à orelha ele vem imediatamente cortá--lo”, revela.

APESAR DA CLIENTELA ser composta por políticos, empresários, jornalistas e embaixadores, o ‘Pinto’s Cabeleireiros’ não era local de tertúlias nem congeminações governamentais. Mas entre dois dedos de conversa e um de tesoura, os dois irmãos ouviam muitos segredos e desabafos. A barbearia era uma espécie de confessionário laico para os homens do poder. Eles sabiam que nada transpirava para fora daquelas quatro paredes forradas de espelhos e decoradas por frascos de tónicos capilares. “Um bom barbeiro deve saber ouvir, falar em voz baixa e esquecer o que foi dito na cadeira. Somos um pouco de relações públicas e diplomatas”, disserta Joaquim Pinto.

Esta regra de ouro de silêncio só terá sido violada por uma única vez. Há vinte anos. O então Ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, queixou-se a uma das empregadas de um súbito ataque de caspa. Uns dias mais tarde, a história saltou misteriosamente para as páginas de um semanário. No artigo, especulava-se, em tom mordaz, sobre os problemas capilares do polémico ministro: andaria ele nervoso com os sucessivos escândalos que abalavam o seu magistério? “Um jornalista, que cortava o cabelo na mesma altura, terá ouvido o desabafo de Cadilhe”, supõe Joaquim.

O caso da caspa não abalou, no entanto, a confiança de outros políticos da praça. Durante a legislatura de Cavaco Silva, muitos dos seus ministros eram clientes da casa: Laborinho Lúcio, Isaltino Morais, Silva Penedo, Eurico de Melo, Faria de Oliveira, Arlindo de Carvalho, Ferreira do Amaral, iam tão fielmente ao cabeleireiro lisboeta como almoçar ao Tavares Rico ou beber um whisky ao Pabe.

Entre a interminável lista de notáveis há um que os irmãos Pinto não esquecerão: Francisco Sá Carneiro. “Era muito pontual e um dos menos conservadores no penteado”, conta Joaquim, autor do último corte de cabelo ao líder da AD. “Ainda me recordo da data: 18 de Novembro de 1980”. Quinze dias depois, o político portuense morria nos céus de Camarate. Com ‘looks’ mais arrojados do que os do falecido primeiro--ministro, só mesmo os de Deus Pinheiro e Santana Lopes, outros dois ‘habituées’. Os seus cabelos, compridos atrás e afinados por uma pitada de gel aos lados, chegaram a fazer moda. Todas as semanas lá aparecia um cliente que pedia um corte igual ao dos dois ‘enfants terribles’. Ao que parece, dava a imagem de homem de sucesso. Felizmente que os anos 80 já lá vão…

POR IRONIA DO DESTINO, os caminhos de Mário Soares e Cavaco Silva voltaram a cruzar-se, na disputada corrida presidencial de 2006, enquanto os da dupla de cabeleireiros mais premiada do País se separaram, irreversivelmente. No início dos anos 90, os irmãos Pinto davam por terminada a sua bem sucedida sociedade, dividindo o negócio ao meio. Hoje, Joaquim gere sozinho o histórico espaço situado no Apolo 70. António é dono da barbearia do centro comercial Gemini, entre outras.

Os dois estão de costas voltadas, mas continuam a ser os cabeleireiros do regime: “Não nos zangámos, mas não passamos o Natal juntos, nem fazemos almoços de família. Isso não nos impede de continuar a usar o mesmo nome comercial, sem problemas”, explicam, sem muitas delongas. Afinal, também eles têm direito ao seu tabu.

A clientela, de início confusa com a separação fratricida, foi obrigada a optar entre um dos dois candidatos. Resultado? Empate técnico entre os Pinto, sem direito a segunda volta: Mário Soares, Santana Lopes, Severiano Teixeira e Bagão Félix deram o seu voto ao mais velho, António. O mais novo, Joaquim, teve a bênção de Murteira Nabo, Marçal Grilo, Eurico de Melo e, claro, de Cavaco Silva.

Afastado da política activa, o homem de Boliqueime revelou-se, aos poucos, um cliente mais descontraído, arriscando até a dar conselhos pessoais a Joaquim: “Um dia, perguntei-lhe o que achava da ideia de eu mudar o salão para o piso térreo do Apolo 70. Ele aconselhou-me a não fazê-lo, com o argumento de que as pessoas já se tinham habituado à cave.” Joaquim não teve dúvidas. E que Cavaco Silva raramente se enganava: “Já tinha assinado a escritura, mas voltei atrás por causa das suas palavras. E não me arrependo.”

Ao acompanhar a mudança de António Pinto para o Gemini, Mário Soares deu uma prova de inequívoca lealdade com o seu cabeleireiro do pós-25 de Abril. Já em 1986, o socialista escrevia: “Sou amigo, fã e cliente fiel de António Pinto”. Agora podia ir a pé, de sua casa, no Campo Grande, sem correr o risco de dar de caras com o arqui-rival a Belém. Era um dois em um mais atractivo do que um qualquer champô vendido no ‘Pinto’s Cabeleireiro’.

A fidelidade tem o seu preço: o histórico socialista continua a fazer marcações de véspera, um capricho que não tira o sono a António. “Se ele me telefona a pedir um corte para esse mesmo dia, e já tiver uma marcação feita, mudo a agenda sem pestanejar. Nunca nenhum cliente se importou com a alteração de planos à última hora. Afinal, trata-se do ‘doutor’ Mário Soares”, exclama orgulhoso.

Em dia grande de eleições presidenciais, não é difícil imaginar onde António e Joaquim irão colocar a sua cruzinha de voto, embora não o confessem, nem mesmo sob tortura: “Quando estamos com uma tesoura e um pente na mão, deixamos de ter partido, clube ou religião”, dizem em uníssono, numa frase escadeada por anos de fina diplomacia. Embora os dois irmãos sejam hoje rivais do ramo, aprenderam pela mesma cartilha: a do politicamente correcto.

PRÉMIOS DE CARREIRA

Era um dos pontos altos da carreira a cortar cabelos. António e Joaquim Pinto foram recebidos no Palácio de Belém, por Mário Soares, em 1989, durante o lançamento do seu segundo livro ‘Profissão: cabeleireiro – Manual de Formação/Guia de Reciclagem’. A relação especial entre o político socialista e os dois barbeiros de Resende já havia sido notada, quando dois anos antes, o então Presidente da República escrevera o prefácio do primeiro livro dos irmãos, ‘Pintos’s Cabeleireiros – História e Ofício’. Na apresentação, Soares apareceu com uma hora de atraso, mas ainda a tempo de proferir os discursos da praxe. Mais recentemente, no dia 10 de Julho de 2003, António Pinto viria ainda a receber das mãos de outro Presidente da República, Jorge Sampaio, a condecoração de ‘Comendador de Ordem de Mérito Comercial’.

No dia de apresentação da recandidatura de Mário Soares à Presidência, no Hotel Altis, em 1990, um dos seus maiores apoiantes, o socialista Marcelo Curto (já falecido) correu para o estabelecimento de António Pinto. Queria uma mudança de visual radical. “Estou a ficar com a barba e o cabelo demasiado grisalhos. E se os pintássemos de preto?”, sugeriu. António discordou, naturalmente: “Acho que não devia. Depois não vai gostar de se ver ao espelho.” A insistência do político foi tal que o barbeiro acabou por aquiescer. E tal como previra, Marcelo Curto ficou horrorizado com o resultado final. “Não saio daqui para lado nenhum”, vociferava ele, em pânico. António ainda tentou embranquecer as raízes, sem muito êxito. Não havia volta a dar. Durante o evento no Altis, Mário Soares não reconheceu o seu velho amigo, pensando tratar-se de um camarada espanhol. Só no final da cerimónia é que Marcelo Curto se anunciou ao Presidente da República. Os dois acabaram a rir-se às gargalhadas.

ENCONTROS E DESENCONTROS

MARCAR UM CORTE DE CABELO

Quando o ‘Pinto’s Cabeleireiros’ abriu as portas, em 1970, no Centro Comercial Apolo 70, a classe política não estava acostumada a fazer reservas para um simples corte de cabelo. Mas os hábitos foram-se alterando, com o tempo. Para evitarem cruzar-se na fila de espera com alguma ‘persona non grata’, muitos VIP pediam às secretárias para averiguar quem estaria no salão nesse dia. “Assim, não corriam o risco de dar de caras com um rival de partido ou um inimigo político”, contam os irmãos Pinto. No passado, ficou célebre o infeliz encontro entre o então tenente-coronel Vítor Alves e o embaixador da ex-União Soviética Kalinine, que nem cumprimentos trocaram.

Ao que consta, os dois homens, separados por muros ideológicos intransponíveis, odiavam-se. Pelo contrário, outros notáveis de cores políticas opostas, conseguiam pôr de lado as suas divergências cada vez que se viam na barbearia mais procurada pela nata da sociedade alfacinha: era o caso do major Mário Tomé, líder da UDP e Sá Carneiro, do PSD, que se cumprimentavam sempre com bastante cordialidade. António Pinto revela ainda que foi também neste histórico salão do Apolo 70 que Mário Soares terá conhecido o embaixador dos Estados Unidos, Frank Carlucci, nos anos mais quentes da democracia. Tornaram-se grandes aliados num momento crucial, em que o País se dividia ideologicamente ao meio.

NA CADEIRA DOS PINTO

FRANCISCO SÁ CARNEIRO, ANTIGO PRIMEIRO-MINISTRO

- Líder da Aliança Democrática e primeiro-ministro com a coligação.

- Discreto quanto baste: o histórico social-democrata tinha a fama de ser pontual, apesar de um pouco reservado. Reza a história que Francisco Sá Carneiro terá recusado ser fotografado por um jornalista enquanto cortava o cabelo.

CARLOS MOTA PINTO, ANTIGO VICE-PRIMEIRO-MINISTRO

- Ministro, vice-presidente do PSD em 1983, e vice-primeiro-ministro.

- O mais saudoso dos políticos: Joaquim Pinto não confirma, mas poderá ter sido Mota Pinto quem se abraçou a um rival político no cabeleireiro, no dia seguinte a um violento debate na televisão. Deixou marcas de saudades entre os irmãos.

FRANCISCO MURTEIRA NABO, EX-MINISTRO

- Ex-ministro do Equipamento Social e ex-presidente da PT.

- No futebolês nos entendemos: é um caso de excepção. Com ele, Joaquim Pinto discute futebol, o que contraria a sua política de não ter cor, clube ou religião. Murteira Nabo é um sportinguista ferrenho, Joaquim é do Benfica.

JOSÉ PACHECO PEREIRA, EURODEPUTADO

- Professor universitário e deputado no Parlamento Europeu.

- Barba e cabelo: passado o Verão quente de 1975, em que pontuavam as barbas e o cabelo comprido, raros foram os políticos que iam fazer a barba ao ‘Pinto’s Cabeleireiro’. Nobre excepção feita a Pacheco Pereira.

EDUARDO MARÇAL GRILO, EX-MINISTRO

- Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e ministro de Guterres.

- O educado: sempre que há alguma desmarcação à última hora, Marçal Grilo não fica chateado. Pelo contrário, costuma ser bastante compreensivo para com os barbeiros. Entende bem a realidade dos dois homens.

EURICO DE MELO, EX-MINISTRO

- Ministro de Governos social-democratas e patriarca do partido fundado por Balsemão.

- O homem de Santo Tirso: o patriarca dos sociais-democratas já não vai cortar o cabelo ao ‘Pinto’s Cabeleireiro’ há três anos mas continua em alta no barómetro do estabelecimento situado no Centro Comercial Apolo 70.

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