A edição de hoje
Artigo exclusivo
Como comentador ou intérprete, o melhor jogador português da sua geração tronou-se figura popular na TV.
Um ingénuo esquerdino de 17 anos explicava a ‘José Estebes’ – a personagem de Herman José era um comentador desportivo no programa ‘O Tal Canal’, dando as táticas à "cambada", acompanhado pelo jarro de vinho – como tinha marcado, a 27 de novembro de 1983, com a camisola do Sporting, o golo "marabilhoso" [sic] ao Vitória de Setúbal. "Fui na intenção de ir para o penálti, entrei dentro da área, mas aquilo saiu bem, saiu melhor, foi golo", resumia o futebolista. Replicava o ‘Estebes’: "Morcão! Isto é um processo bacoco! (…) Com quem é que aprendeste essa ratice toda?" E assumia o jovem nascido no Montijo, a 28 de fevereiro de 1966: "Por mim mesmo." Surgia, assim, a fama de ‘fiteiro’ ou de ‘mergulhador" para a grande área daquele que foi o melhor jogador português no período que mediou entre o ocaso de Eusébio e o apogeu de Figo.
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