Nos Heróis do Mar sentiu-se o “maior peixe do lago”, hoje em dia admite que às vezes lhe apetece emigrar, mas fica porque “gosta demasiado desta terra bacoca para deitar tudo para trás das costas”
Rui Pregal da Cunha nasceu em macau nos anos 60 mas vive em Lisboa desde os quatro anos. Fundou com Pedro Ayres Magalhães e Carlos Maria Trindade os Heróis do Mar, corria o ano de 1981. Nunca se afastou completamente da música, mas a sua principal ocupação é a produção executiva no ramo da publicidade.
Além dos Heróis do Mar, Rui Pregal da Cunha fundou com Paulo Pedro Gonçalves os LX-90, editando o álbum ‘1 Revolução por Minuto', tendo depois emigrado para Inglaterra e alterado o nome para Kick Out of The Jams. Após longa ausência, em 2010 Rui Pregal da Cunha cantou a canção ‘Vá Lá Senhora' da banda Os Golpes e regressou aos concertos ao vivo, participando em apresentações d'Os Golpes como convidado especial.
Em 2011, com os Nouvelle Vague recriou ‘Sol da Caparica' e fez as delícias da pequenada no disco infantil ‘Leopoldina' com o tema ‘Indo eu a caminho de Viseu'.
A resposta escolhida surge a sublinhado
- Nos 80, quando os Heróis do Mar surgiram com uma estética neomilitarista, chamaram-lhes fascistas. A esta distância confortável de 30 anos, o que é que isso significou para si?
a) Uma revolução estética na época errada
b) Levámos dois a três anos a tocar abaixo do Tejo
c) Falavam mal mas falavam de nós.
d) Outra hipótese: tempestade num copo de água. A democracia já não gatinhava mas ainda dava passos muito balbuciantes. Uns rapazes a "fazerem ondas" era na verdade só uma geração a começar a dizer que desejava mesmo mudança e que arregaçaria as mangas rendilhadas para trabalhar por isso
- E quando vos chamavam ‘betinhos'?
a) Arregaçávamos logo as mangas
b) Aos betinhos só fomos buscar uma particularidade: tratar toda gente por ‘você'
c) Houve quem não compreendesse isso
- Se o tempo voltasse atrás, quem regressaria ao seu palco?
a) King Crimson
b) Nouvelle Vague
c) Kick out of the Jams
d) Outra hipótese: o tempo não tem v na ponta... inexoravelmente turbilha em frente e eu vou trauteando umas coisas que essas vagas me fazem lembrar, na companhia dos muitos que fui conhecendo, espalhados por todo o lado e canto
- Os 30 anos da banda foram celebrados com...
a) Um jantar (no Pap'Açorda), umas aguardentes vínicas e muito boa conversa (posta em dia)
b) A fazer projectos para o futuro
c) Nada. Nem nos podemos ver à frente
- Investiam todo o tempo e dinheiro na banda. Quem corre por gosto nunca se cansa?
a) Fazíamos aquilo que as empresas portuguesas deviam fazer
b) Mas sobrava tempo para fazer outras coisas, como a direcção artística de filmes do Edgar Pêra, escrever para o caderno 3 do ‘Independente', o ‘Mais Semanário' e o ‘Se7e', fazer uma marca própria de alta costura de combate, a ‘Construtónica'
c) Porque nunca quisemos ir só de calças de ganga para o palco
- O fim dos Heróis do Mar foi:
a) ‘A Alegria'
b) ‘Amor Fúria'
c) O passo doble inevitável de uma ‘Brava Dança'
d) Outra hipótese: foi a maneira de evitar o "mas estou bem assim e tu também" que dá a muito boa gente que continua por aí sem grande causa. Por favor, tudo menos acabar em decadência
- Quanto olha para o estado da Nação, só lhe apetece...
a) Emigrar é o que vem primeiro à cabeça mas eu gosto demasiado desta terra bacoca para poder deitar tudo para trás das costas
b) ‘O inventor de Portugal foi um português' que hoje ficaria corado de vergonha
c) ‘Às Armas, às Armas'
- Disse um dia que "já fui o maior peixe aqui do lago, agora quero ser o peixe mais pequenino deste mar". Hoje prefere dizer que...
a) Sou peixe fora de água
b)Ainda me falta muito mar para navegar
c) Sou uma velha carpa oriental
d) Outra hipótese: de todos os tropos linguísticos possíveis o único não permitido é o de "pescadinha de rabo na boca", à parte disso qualquer outra metáfora piscatória é muito bem dita à boca cheia e mais que bem vinda. Talvez ‘Obrigado pelo Peixe', parafraseando o Douglas Adams
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