page view

SEXO COM BOLAS, CIGARROS E MUITO MAIS

Na Tailândia, os turistas assistem a ‘shows’ eróticos onde mulheres atiram dardos com a vagina. Mas em Portugal também há espectáculos de sexo.

15 de junho de 2003 às 15:29

Grande parte dos turistas que vagueia por Banguecoque não põe os pés no templo sagrado do Buda Esmeralda. Esses viajantes preferem descobrir os prazeres mais profanos da prostituição, à solta nas ruas da capital tailandesa, e assistir aos espectáculos eróticos mais bizarros do planeta: os ‘shows’ de 'pompoarismo'. Por cinco dólares, qualquer ocidental pode entrar em salas fumarentas e mal iluminadas, onde dezenas de mulheres fazem acrobacias com o seu sexo em cima de um palco. Elas fumam, jogam com bolas de pingue pongue e arremessam dardos usando apenas a força da sua vagina. Quando acertam nos balões atados no tecto, os turistas aplaudem freneticamente.

Parece um mau filme de ficção científica, mas a proeza exótica não é mais do que uma técnica milenar nascida na Índia. Há três mil anos, reza a lenda que as mães ensinavam às filhas como controlar o seu músculo vaginal. Já no início do século XX, as gueixas japonesas e as prostitutas tailandesas, passaram a usar esta técnica para proporcionar maior prazer aos seus amantes. Os ocidentais despertaram para esta prática em 1976, com o filme japonês ‘Império dos Sentidos’, onde a actriz 'pompoava' com um ovo cozido. Em 1994, em ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’, uma das personagens voltava a ‘pompoar’, arremessando bolinhas com a sua vagina.

A “contracção voluntária dos músculos vaginais” foi ganhando adeptos. E até foi inventado um dicionário, onde pontuam palavras como ‘guilhotinar’, ‘revirgindar’, ‘sugar’ ou ‘expulsar’. Na Internet, não faltam 'sites' a garantir “satisfação intensa” e “orgasmos múltiplos”. E no Brasil, uma professora de 'pompoarismo', é peremptória: “É a única técnica sexual saudável que conheço”. Mais um mito urbano?

Em 2003, os teatros de Lisboa e Porto foram palco de espectáculos onde o sexo foi abordado sem preconceitos, escandalizando meia nação e divertindo a outra metade.

‘I Love My Penis’

Almeno Gonçalves e António Melo inspiraram-se na peça brasileira ‘Diálogos do Pénis’ e adaptaram-na para a realidade portuguesa. ‘I Love My Penis’ estreou em Abril no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. “É o espectáculo a que as mulheres gostariam de assistir na realidade: o que os homens dizem delas”, explicam. Infelizmente, não houve acrobacias.

‘Puppetry Of The Penis’

David Friend e Simon Morley, dois artistas australianos, estiveram no Teatro Tivoli a apresentar ‘Puppetry Of The Penis’. Um ‘show’ que mostrava os seus “pénis grandes cabeludos” . Verdadeiros artistas!

‘XXX’

Em Março, os catalãos La Fura Dels

Baus escandalizaram Lisboa com a passagem da sua performance mais controversa, ‘XXX’, onde não faltou sexo ao vivo. “Há muitas possibilidades, muito mais buracos no corpo do que só o pénis

e a vagina”. Um dia destes, descobrem o 'pompoarismo'...

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8