Assume a atitude política, mas recusa ir a votos. Desta vez escreveu, para crianças, sobre o amor.
Chovia tanto em Lisboa no dia da entrevista à ‘Domingo’ que Valter Hugo Mãe disse que tinha trazido o Norte consigo. Para a mesa veio comida brasileira, e a conversa passou por Angola, antes de o escritor de 43 anos seguir para o lançamento de ‘O Paraíso são os Outros’, seu regresso à literatura infantil.
Tal como no livro, o amor também o deixa "tão aflitinho como quando quer fazer xixi"?
Com certeza. Tenho uma experiência do amor como algo muito urgente. Creio que peco por alguma demasia ao gostar de alguém. Acho sempre que vou ficar sozinho outra vez e sinto a necessidade de criar uma estratégia de contínua presença e adoração. Gosto sempre demasiado, mas por outro lado não consigo entender quem gosta de outra forma.
Sendo a narradora uma menina pequena, da qual só sabemos que vive num lugar quente, que usa óculos desde os cinco anos e que ainda não se apaixonou, reconhece algo de si nela?
Sobretudo algumas fórmulas a que chega sobre o que quer ou deixa de querer. Posso até dizer que a passagem em que ela aceita o amor como um problema, mas decide que a pessoa amada tem de ser uma solução, foi algo que racionalizei num determinado momento da vida. Encontrei forma de que gostar de alguém fosse um enriquecimento da vida e não uma aventura, como se tivesse outra vez 18 anos e estivesse disposto a morrer por alguém. Se calhar continuo, porque acho que as pessoas valem a pena e merecem-nos essa coragem, mas eventualmente amar também é saber amar. Estou cada vez mais interessado em estudar o amor e senti-lo de forma mais inteligente, cada vez mais como uma ciência, do que propriamente como uma perdição.
Como é que surgiu a ideia de subverter ‘O Inferno são os Outros’, de Jean-Paul Sartre?
Ando com essa ideia há muito. Para mim é profundamente claro que o sentido da vida são os outros. Ninguém é gente se não estabelecer uma relação. Aquele que opta por estar sozinho e que não tem vontade nem expetativa de voltar a comunicar com o outro, é alguém de alguma forma abdicou da Humanidade. Optou por ser uma espécie de bicho avulso e sem categoria.
Optou pela erosão?
É uma existência de outra dimensão, que já não é a existência humana. Somos absolutamente incompletos e levamos muito tempo até sermos viáveis autonomamente. Isso é a prova cabal de que, sem um sentido coletivo, sem sermos múltiplos, não seríamos gente. Basta para me convencer de que o patamar da afetividade é a lógica da vida. É o que torna plausível e justo termos sido chamados a esta experiência. Surgiu a hipótese deste texto quando vi umas colagens do Nino Cais [autor das ilustrações da edição brasileira do livro], e pensei que seriam perfeitas para criar um texto em cima de tudo o que disse aos meus amigos que se andam a divorciar. Tentei salvar duas dezenas de casamentos ao longo destes últimos cinco anos…
E conseguiu?
Uns dois ou três. Tentei sempre incutir nas pessoas a importância de se revalorizarem e de se respeitarem. A maior parte das relações acabam quando as pessoas não se escutam e não prestam atenção. Já não respeitam as alegrias e as tristezas uns dos outros. É kamikaze. O fim da relação amorosa conduz a uma solidão substancial e a solidão, para mim, representa a anulação da Humanidade. Quem desiste do amor, desiste de ser pessoa. Frustra-me muito que de vez em quando sejamos magoados ao ponto de não querermos mais amar ninguém. E frustra-me que as pessoas tenham tudo para amar e serem amadas e de repente alguma coisa lhes pareça mais importante. A única inteligência superior é a afetiva. Apetece-me ir, casal a casal, dar-lhes um par de estalos.
Desvenda que quem casa normalmente engorda, o que é uma verdade inconveniente que pode levar a que os fanáticos da boa forma fiquem celibatários para sempre…
Tenho verificado isso. Mais do que a qualidade dos cozinhados de um ou de outro, casar e viver junto tende a estabelecer um hábito e um quotidiano. Penso que o engordar vem do fim da procura. Entramos um bocadinho na fase da pantufa e, provavelmente, é isso que justifica que o povo engorde. Tem uma certa graça, porque ao mesmo tempo é sinal de uma certa fartura. Estou convencido de que não significa que se coma mais. A gente basta-se e o metabolismo reflecte que estamos, de alguma forma, satisfeitos.
Volta a salientar neste livro, como em ‘O Filho de Mil Homens’, que há muitos tipos de casais e de famílias. Quando escreve tem uma atitude política consciente ou inconsciente?
É muito consciente. Tenho pouca paciência para preconceitos e acho aberrante que se levantem ondas de contestação a coisas que são só o reconhecimento de direitos. O casamento entre pessoas do mesmo sexo – gosto de dizer assim, porque os casamentos não são heterossexuais nem homossexuais, e em muitos casamentos entre pessoas de sexos diferentes também não está em causa que as pessoas sejam heterossexuais - não implica que sejam homossexuais. Cada um, dentro ou fora do casamento, há-de ser o que tiver de ser. Está em causa apenas casar duas pessoas do mesmo sexo. Depois da aprovação da lei, não mudou nada na minha vida. E creio que na vida da maior parte das pessoas que andaram por aí a gritar por socorro, não mudou nada. Há uma diferença muito grande entre o casamento ser possível para quem o quer ou ser obrigatório para quem não o quer. Da forma como entraram em pânico dava a impressão de que as estavam a obrigar a casar e a conviver biblicamente com alguém. Para mim, a vida devia ser simplificada.
Com base no respeito pela liberdade alheia?
Precisamos de ter cuidado com convenções que não servem para nada. Estar convencionado que o menino é para a menina, e não pode ser de outra maneira, é uma estupidez, porque isso depende de cada um. Quando escrevo sobre estas coisas, tento sobretudo revelar a profunda naturalidade das opções e a natureza das diferenças. A dada altura deste livro, a menina diz que ser tudo igual é caraterística de azulejos na parede – e, mesmo assim, há quem misture. Não temos a capacidade da igualdade, por mais que queiram e que se subjuguem. A diferença é inclusiva, necessária e fundamental para que eventualmente encontremos de quem gostamos. Não vamos escolher uma miúda exatamente igual às outras, mas sim aquela que nos parece diferente. Não tenho nem paciência para entender algumas coisas que a sociedade ainda toma como impossíveis, e nos meus livros há seguramente uma política humanitária. Não me interessa que sejamos dez milhões, mas que exista apenas um tipo de homem e um tipo de mulher.
Seria capaz de apresentar a sua visão do Mundo a votos, como fez Marinho e Pinto e poderá fazer José Gomes Ferreira?
Não. Marinho e Pinto foi uma desgraça e José Gomes Ferreira vai ser outra. O equívoco de um e de outro foi partirem do pressuposto de que conseguirem influenciar a opinião pública significa que são imediatamente elegíveis. O Marinho e Pinto, a meu ver, é uma desgraça de consciência. Foi muito interessante que dentro da Ordem dos Advogados tivesse uma posição crítica para com a profissão, e eventualmente produzisse uma ética quanto a algumas questões, mas nas ideias acerca das liberdades fundamentais é um ser humano do século XVI. Não vou dizer do século XIX porque quase tive amigos desse século e eram todos mais evoluídos. Desde logo na questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele que contestou tanta coisa no mundo do Direito precisava de ir para a escola aprender outra vez. Já eu não seria candidato a coisa nenhuma.
Não imagina, portanto, uma lista Valter Hugo Mãe?
Não imagino, não aceitaria e espero não ser como o Paulo Portas, que dizia ter urticária aos políticos e que até deixava de ser amigo daqueles que se envolviam na política, e hoje a única coisa irrevogável nele é o estatuto de político.
Encontra-se à esquerda?
Adoraria considerar-me sempre um independente. Aquilo que penso do Mundo é típico da esquerda, mas sou quase sempre melhor tratado pelas pessoas de direita. Sou excecionalmente bem recebido por presidentes de câmaras e vereadores assumidamente de direita. Porquê? Não faço ideia. E tenho conhecido muita gente de direita que na conduta é de esquerda, pois dá uma oportunidade aos outros que seria apanágio da esquerda - e nem sempre assim é. Talvez estivesse à esquerda, mas essas distinções já são meio obsoletas. Fico um pouco entusiasmado quando se fala na renovação da classe política, mas dá-me a sensação que a maior parte dos novos políticos são um povo sem biografia. Uma gente que só foi talhada para chegar a cargos políticos, que nunca desenvolveu uma profissão e não tem qualquer tipo de ambições fora do universo do poder. Isso acaba por ser profundamente perverso. Um indivíduo que não tem uma justificação por si mesmo, por um qualquer talento que desenvolva ou uma ciência que consiga dominar, e que valha apenas porque se mexe bem no jogo de influências e de poder, acaba por ser o pior dos políticos. O que devia estar em causa na política não é o exercício de ego do aventureiro, mas um sentido de missão que, desde a geração de Abril, nunca mais se colocou.
Se dependesse de si o que é que alguém teria de fazer para conquistar um visto gold em vez de ser comprar uma casa de 500 mil euros?
Viver em Portugal, trabalhar em Portugal, produzir alguma coisa em Portugal, pagar bons impostos em Portugal também. Talvez diga o mesmo que digo quando me perguntam pela minha relação com Angola e porque é que não assumo mais que sou angolano. Apenas nasci lá. Não tenho direito de reclamar uma cidadania angolana porque nunca fiz nada por Angola a não ser ter respeito. Sou tão profundamente português que aquilo que possa ter feito por Angola e o que possa prestigiar Angola é muito pouco. Enquanto não fizer nada que se veja, não comungar daqueles problemas e partilhar daquele quotidiano, não posso ser angolano. Isto dos vistos gold é uma estratégia e 500 mil euros para a grande finanças internacional não é rigorosamente nada. Pode ser o valor de uma casa minimamente decente em Lisboa. Se por se comprar uma casa em Lisboa vamos abrir as portas do País e da Europa, estamos a desbaratar uma mais-valia que devia ser praticamente sagrada. A portugalidade não pode ser desbaratada assim, mesmo que tenhamos ainda o complexo de vira-lata e que Salazar nos tenha ensinado que valemos muito pouco. Ser tão barato é quase uma forma de prostituição.
Já se encontrou no Google como escritor angolano?
Muitas vezes, e sobretudo no Brasil, propalam que sou um escritor angolano radicado em Portugal. Explico, em todas as oportunidades, que sou português e que dizer que sou angolano é tão estranho quanto dizer da Clarice Lispector que era ucraniana, com a agravante de que a família dela era mesmo ucraniana e a minha é de Guimarães. Só fui lá nascer, mas o Google tem essa confusão. De vez em quando avisa as pessoas do contrário. Terei muito orgulho de um dia aprofundar essa raiz, pois estive dois anos e meio lá, e tenho uma casa imaginária, uma pertença que é uma construção, com muita ficção e com muito sonho. Há vontade de respeitar e agradecer isso, mas não pode ser feito de qualquer maneira e não com a boca cheia de dizer que sou angolano e que me devem dar direitos de cidadão angolano.
Quando escreve para crianças, escreve para alguma criança em particular?
Às vezes penso numa ou noutra pessoa, mas percebo agora que são sempre adultos. Como é um universo de pura ternura, é-me mais natural, porque tenho 43 anos, imaginar que estou a conversar com alguma miúda do que propriamente com uma criança. Por outro lado, o que os livros para mais novos fazem é convencer os mais velhos de que o Mundo seria melhor se tivessem lido aquela história no tempo certo. De alguma forma, o livro é sempre para um adulto que é bom, que é bom ao ponto de querer que as suas crianças cresçam num Mundo melhor. Os livros para os miúdos têm que ter essa componente de esperança e de formação para a ética. Mais do que incutir conceitos ideológicos, o que é importante é motivar os miúdos para uma disciplina da aceitação e do afecto.
Dá por si a autocensurar-se na escrita destes livros?
Muito. Fico muito mais autoconsciente e policiado. Às vezes penso em temas de livros para miúdos que acabo por abandonar por irem contra crenças muito específicas, que variam muito da formação que cada família quer dar. Nos meus livros nunca digo que Deus vai decidir alguma coisa, ou que nos protege, ou seja o que for. E não é por acreditar ou deixar de acreditar. Não tenho o direito de incutir nos miúdos crença numa coisa de que não posso dar garantia nenhuma. Posso dizer que Deus está nos passarinhos, porque os passarinhos são maravilhosos, mas isso é do foro do delírio poético. Travo-me nesses momentos, pois não posso distribuir aos miúdos uma fé que podia ser só minha.
Torna-se mais importante escrever sobre amor para as crianças num momento em que elas podem ir à Internet para verem as execuções do Estado Islâmico?
Com certeza. Se não houver um investimento mínimo de alguém, feito em cima de um discurso positivo, apaziguador e de alguma esperança, estas novas gerações vão crescer habituadas à banalização do mal, como Hannah Arendt dizia e o livro póstumo de Saramago vem repisar. Para mim é fundamental retirar os miúdos da continuidade, quase inevitável, desta malignidade implantada. De alguma forma, o Mundo nunca esteve tão perto de ser justo. Nunca tanta gente viveu com tanta qualidade, e nunca como agora se conseguiu abater tanto as distinções entre classes, mas o angustiante é justamente isso: existe a possibilidade de caminharmos no sentido da construção coletiva, redimindo de uma vez por todas as pessoas, e podemos deitar tudo a perder por uma avidez financeira e económica.
"SE HOUVER CRIANÇAS A MEIA TEM DE SER COR-DE-ROSA"
Como foi o processo de trabalho com o ilustrador da edição portuguesa?
Foi excelente. Conheço o Esgar Acelerado há muito tempo e ele quase só trabalha com coisas mal-educadas. Uma característica do trabalho plástico dele é ser perverso. Andava há muito tempo a querer fazer algo com ele e pedi-lhe que puxasse pelos seus sentimentos mais belos. Foi muito bom, porque algumas das ilustrações aconteceram comigo ao lado, pois encontramo-nos no café, e ele trabalha com facilidade rodeado de pessoas, e às vezes comigo a dar umas certas ideias e problematizando algumas coisas. É muito gratificante usar o talento de um ilustrador como ele para fazer ver aquilo que eu não seria capaz de ilustrar.
Suponho que, ao contrário do que acontece nos seus próprios vídeos, ele não aparece no café com uma meia a cobrir-lhe a cabeça...
Nós vamos fazer um evento na Póvoa de Varzim e não sei se ele vai mostrar a cara ou usar a meia. Já lhe disse que se houver crianças presentes a meia tem de ser cor-de-rosa com pompons, ou um passa-montanhas com a Hello Kitty, ou outra coisa qualquer, para amenizar o susto de ver alguém com a cara tapada. Ele é perverso, mas é uma das almas mais delicadas que eu conheço.
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