Motoristas de matérias perigosas avançam para greve em agosto

Sindicatos garantem que os trabalhadores espanhóis não bloquearão o protesto.

16 de julho de 2019 às 08:42
gasóleo, combustíveis
A última paralisação dos motoristas de matérias perigosas, antes da Páscoa, ditou uma corrida às gasolineiras Foto: João Cortesão
Combustíveis

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Os sindicatos das Matérias Perigosas e Independente dos Motoristas de Mercadorias entregaram esta segunda-feira um pré-aviso de greve para o próximo dia 12 de agosto por tempo indeterminado.

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A reunião desta segunda-feira em Lisboa acabou por extremar as posições entre patrões e camionistas, com acusações mútuas entre os dois sindicatos e a associação patronal, a ANTRAM.

A paralisação visa afetar o abastecimento de combustíveis e a entrega de mercadorias num período crítico das férias de verão, mas os serviços mínimos serão cumpridos, garantiu esta segunda-feira Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Matérias Perigosas.

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Sindicatos espanhóis deverão juntar-se ao protesto, caso venham a ser chamados a substituir os motoristas grevistas.

Os dois sindicatos acusam a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) de não cumprir o acordo que levou ao cancelamento da greve anterior.

A ANTRAM, por seu turno, garante não se ter comprometido com acordos para além de 2020. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu que "o Governo está preparado para tudo".

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As declarações foram feitas antes da reunião que juntou um representante daquele ministério, da Direção-Geral do Emprego, a ANTRAM, dois sindicatos e a FECTRANS.

FECTRANS mantém-se nas negociações

A Federação Sindical dos Transportes (FECTRANS) vai manter as negociações com os patrões da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), garantiu o líder sindical José Oliveira.

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Em causa estão as negociações do acordo coletivo de trabalho, que se deverão prolongar até ao final deste ano.

Entre as medidas defendidas pela federação está uma proposta para que, em janeiro de 2021, o salário-base dos motoristas dos pesados de mercadorias se fixe em 850 euros.

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