Aumento dos salários para 70 mil trabalhadores da Função Pública
Salários já estavam processados, mas Governo ordena um pagamento extraordinário.
Os cerca de 70 mil trabalhadores da Função Pública abrangidos pela subida da remuneração base para 635,07 euros poderão receber o aumento no fim do mês, apesar de a lei não estar em vigor.
O decreto foi promulgado na segunda-feira pelo Presidente da República, mas só tem efeitos depois de ser publicado em Diário da República. Além disso, os salários de fevereiro já estão processados, mas o Governo está a tentar inverter a situação.
"Por forma a que os trabalhadores possam sentir expressão direta e concreta desta medida no mais curto espaço de tempo, o Governo está a dar orientações aos serviços para que, na medida do possível, realizem um processamento extraordinário que incorpore a nova regra", revelou à Lusa a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca.
A governante explicou que os trabalhadores cujo processamento salarial é garantido pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) – responsável por 55 mil trabalhadores em mais de 600 mil – terão o pagamento garantido este mês.
Quanto aos restantes, a regra será a mesma, mas o pagamento dependerá da capacidade de cada serviço.
Ao Correio da Manhã, fonte do Ministério das Finanças não soube dizer em concreto quantos trabalhadores têm atualização já em fevereiro: "O processamento de salários é feito de forma descentralizada, pelo que não temos forma de responder a essa questão".
Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma, mas teve reservas. "As certezas foram superiores às dúvidas e não se poderia sacrificar um número tão elevado de trabalhadores, como são aqueles que se encontram no escalão mais baixo e que têm salários muito baixos e isso pesou decisivamente", afirmou o Chefe de Estado, na Póvoa de Varzim. Sindicatos e Governo reúnem-se na sexta-feira, para discutirem o diploma.
Governo promete corrigir nega de bónus da CGA
A Caixa Geral de Aposentações (CGA) está a obrigar, desde o início do ano, as pessoas que chegam aos 65 anos de idade com 41 ou mais anos de carreira a adiar a reforma ou a sofrer um corte.
Segundo o ‘Negócios’,o Governo mudou a legislação, mas não terá informado a CGA das alterações. O Ministério da Segurança Social garantiu que vai corrigir o problema e garantir "as clarificações que sejam necessárias".
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