Aviso para buraco de 12 mil milhões
Ministra reafirma que não há decisão sobre o corte nas pensões.
A ministra das Finanças reafirmou ontem, no Parlamento, que "não há nenhuma decisão de cortar 600 milhões de euros nas pensões", mas lembrou que o problema da sustentabilidade da Segurança Social "não deixou de existir". E apelou ao PS para um compromisso. Na resposta, o líder socialista, António Costa, foi perentório: "Não haverá compromisso, convergência, conciliação, ou qualquer sinónimo que seja encontrável no dicionário."
Maria Luís Albuquerque acusou a oposição de "agitar o papão da insegurança" e insistiu que não há cortes preparados. "Não ouvem aquilo que eu digo, espero que os portugueses tenham ouvido", queixou-se. A ministra tentou depois virar o jogo, acusando o PS de querer abrir um buraco de 12,4 mil milhões de euros na Segurança Social: 11 mil milhões com a descida da TSU e 1,4 mil milhões do Fundo de Estabilização Financeira para afetar à reabilitação urbana. No debate foi notório o apoio do CDS à ministra. "Não há nenhuma proposta de corte de pensões", frisou Cecília Meireles.
Também o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, esteve ao lado da governante, dizendo que a reforma da Segurança Social "precisa de consenso entre o PSD, PS e PS". Mas, tal como António Costa, Vieira da Silva referiu que um acordo para cortar pensões está fora de questão.
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