António Costa assumiu estar "desagradado" com decisão.
Com um "simples telefonema", às 8h30, o primeiro-ministro informou o líder do PS que ia reconduzir Carlos Costa como governador do Banco de Portugal (BdP) para mais um mandato. António Costa não gostou da decisão: "Não posso dizer que esteja surpreendido, mas estou desagradado", referiu o líder do PS, no Porto. "O pior que se pode fazer depois do escândalo financeiro a que assistimos e depois de ter sido tão expressiva a interpretação que o Parlamento fez sobre as falhas da atuação do regulador é dar este mau sinal sobre o rigor que deve imperar nas instituições", acrescentou, garantindo que o PS não foi consultado.
A mesma ideia foi confirmada ao CM por fonte da direção socialista. Na semana passada, Costa já tinha afirmado que "seria impensável o Governo convidar quem quer que seja para governador do Banco de Portugal sem consultar o PS." O deputado socialista Pedro Nuno Santos referiu no Parlamento que Passos "forçou esta nomeação, aparentemente até contra a vontade de alguns membros do Governo". No CDS, a deputada Cecília Meireles disse concordar com a escolha, mas lembrou que o partido "sempre teve uma postura crítica da supervisão". O PCP considerou "incompreensível" a recondução. Já o BE considerou-a "um prémio".
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