Banco de Portugal e MP investigam aumento de capital no Montepio Geral

Em causa estão suspeitas de violação das regras do mercado.

21 de novembro de 2018 às 19:23
Caixa Económica Montepio Geral, despedimentos, Félix Morgado, Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário, Fundo Único de Resolução, Fundo de Resolução Nacional, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, CMVM, economia, negócios e finanças Foto: Pedro Catarino
Caixa Económica Montepio Geral, Conselho de Administração, José Félix Morgado, mercado financeiro Foto: Vítor Mota/Correio da Manhã

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O Montepio realizou um aumento de capital 200 milhões de euros, em 2013, numa operação realizada sob o comando de Tomás Correia. A RTP revela que a dias de terminar o prazo limite para que a instituição realizasse a operação foram concedidos empréstimos pelo Finibanco Angola que posteriormente foram canalizados para o Montepio Geral.

Em causa estão 35 milhões de euros. A maior fatia (20 milhões de euros) foi financiada a Paulo Guilherme, filho de José Guilherme, o construtor que ofereceu 14 milhões de euros a Ricardo Salgado do BES. Um segundo financiamento, desta feita de 12 milhões de euros, foi concedido a Eurico Brito, sogro de Paulo Guilherme. E o terceiro crédito, de três milhões de euros, foi concedido a João Alves Rodrigues. Estes valores posteriormente foram transferidos para uma conta do Montepio Geral junto do Finibanco Angola e utilizados na operação de aumento de capital.

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A estação de televisão portuguesa adianta que o Banco de Portugal já tinha investigado estes empréstimos e obrigado a que fossem retiradas as verbas dos capitais próprios da instituição.

Em 2013, o Montepio realizou um aumento de capital de 200 milhões de euros, através emissão de unidades de participação no retalho. Na altura, o presidente executivo da instituição, Tomás Correia, anunciou o sucesso da operação com a procura a ascender aos  220,5 milhões de euros, excedendo a oferta.

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