Banco de Portugal e MP investigam aumento de capital no Montepio Geral
Em causa estão suspeitas de violação das regras do mercado.
O Montepio realizou um aumento de capital 200 milhões de euros, em 2013, numa operação realizada sob o comando de Tomás Correia. A RTP revela que a dias de terminar o prazo limite para que a instituição realizasse a operação foram concedidos empréstimos pelo Finibanco Angola que posteriormente foram canalizados para o Montepio Geral.
Em causa estão 35 milhões de euros. A maior fatia (20 milhões de euros) foi financiada a Paulo Guilherme, filho de José Guilherme, o construtor que ofereceu 14 milhões de euros a Ricardo Salgado do BES. Um segundo financiamento, desta feita de 12 milhões de euros, foi concedido a Eurico Brito, sogro de Paulo Guilherme. E o terceiro crédito, de três milhões de euros, foi concedido a João Alves Rodrigues. Estes valores posteriormente foram transferidos para uma conta do Montepio Geral junto do Finibanco Angola e utilizados na operação de aumento de capital.
A estação de televisão portuguesa adianta que o Banco de Portugal já tinha investigado estes empréstimos e obrigado a que fossem retiradas as verbas dos capitais próprios da instituição.
Em 2013, o Montepio realizou um aumento de capital de 200 milhões de euros, através emissão de unidades de participação no retalho. Na altura, o presidente executivo da instituição, Tomás Correia, anunciou o sucesso da operação com a procura a ascender aos 220,5 milhões de euros, excedendo a oferta.
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