Maria Luís confirma oferta de Hong Kong
Proposta não preenchia requisitos para compra do Banif.
A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque afirmou esta quarta-feira que a proposta da Ample para comprar o Banif foi "uma manifestação de interesse" e que esta "nem sequer veio ao concurso" para adquirir a participação do Estado no banco.
O jornal Público noticiou esta quarta-feira que, em maio de 2015, o governo de Passos Coelho não deu sequência a uma oferta da Ample Harvest Investment Capital, que estava disposta a pagar 700 milhões de euros pelas ações do Estado no Banif, escrevendo o jornal que esta proposta era mais do que uma "mera manifestação de interesse", uma vez que tinha um valor de referência e admitia manter todos os empregos e balcões.
Questionada sobre esta matéria, a ministra das Finanças do governo anterior, Maria Luís Albuquerque, afirmou que se tratava de "uma manifestação de interesse como outras" que foram recebidas e que "esse investidor em particular nem sequer veio ao concurso".
"Suponho que todos os documentos constem da comissão e, portanto, há de estar lá essa intenção como as outras. Era uma manifestação de interesse como outras que recebemos", afirmou a agora deputada do PSD, acrescentando que o seu governo entendeu que "não havia condições na altura para abrir um concurso".
"Estávamos a preparar o processo de reestruturação para abrir um concurso de venda que efetivamente aconteceu antes do final do ano e o investidor em causa, que é hoje referido nas notícias, nem sequer veio a esse concurso", reiterou a ex-ministra.
Quando questionada sobre as razões que levaram o anterior executivo a não considerar esta proposta da Ample, Maria Luís Albuquerque afirmou que "quando o Estado tem uma participação para vender, tem de o fazer em determinadas condições".
Por exemplo - especificou - "não o pode vender a ofertas particulares, teria de abrir um processo competitivo, teria de selecionar os compradores que viriam a comprar a participação do Estado".
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