BCP: Fusão com Atlântico permite "dar o salto" em Angola
Considerou esta segunda-feira Nuno Amado, líder do banco português.
A fusão entre o Banco Millennium Angola e o Banco Privado Atlântico, anunciada recentemente, vai permitir que aquela operação do BCP acompanhe as exigências relacionadas com o desenvolvimento da economia angolana, considerou esta segunda-feira Nuno Amado, líder do banco português.
"Entendemos que, se quisermos estar em Angola com um nível de rentabilidade e com um contributo para o desenvolvimento da economia angolana ao nível que gostaríamos de ter, temos que dar um salto na nossa presença lá, e pensamos que um banco como o que temos lá, com uma quota de 3% a 4%, não tem dimensão suficiente para o fazer", afirmou o gestor.
Nuno Amado, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano do BCP, acrescentou que "um banco que saia da fusão com o Atlântico, com uma quota de 9% a 10% do mercado, já tem dimensão, estrutura e até acionistas para o fazer".
Amado desdramatizou situação económica de Angola
Sobre a atual situação da economia angolana, que tem sofrido o impacto da quebra dos preços do petróleo, Nuno Amado desdramatizou e considerou que a mesma até pode ser benéfica a prazo para aquele país africano.
"Em Angola, consideramos que tivemos um bom desempenho nos primeiros nove meses do ano, num enquadramento complexo e difícil. Tivemos um ajuste da economia que é necessário e que vai continuar com os preços do petróleo mais baixos", assinalou.
E destacou: "Estamos confiantes no desenvolvimento da economia de Angola num ciclo menos dependente do petróleo e mais dependente da economia interna, que eu penso que é bem-vinda".
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