Bracalândia pede insolvência e encerra

Alexandre Oliveira explica que não é possível prosseguir a actividade, porque tem diminuído de forma acentuada o número de visitantes, quebra que atribui à crise económica. "Os portugueses estão a ressentir-se da crise económica. Não têm dinheiro para a carne e para o peixe quanto mais para diversões. Nós somos os que primeiro sentimos na pele a situação", lamentou.

À agência Lusa disse ainda que a diminuição do número de entradas também se deveu ao fim das SCUT que afastou os espanhóis que habitualmente visitavam o parque. "Tivemos uma quebra imensa de espanhóis", anotou.

No ano de abertura, a Bracalândia de Penafiel teve 145 mil visitantes, mas esse número diminuiu este ano para os 112 mil.

O número de crianças que visitava o parque, nomeadamente em grupos escolares, também diminuiu de forma considerável nos últimos meses, uma quebra que nem a redução do preço da entrada conseguiu evitar.

Também o anunciado aumento do IVA de seis para 23 por cento, nos ingressos neste tipo de equipamentos, previsto no orçamento do Estado para 2012, motivou o pedido de insolvência.

"Acho muito difícil nos tempos que correm aguentar um parque com aquela dimensão", rematou o empresário.

O projecto de Penafiel, com 7,5 hectares junto ao parque da cidade, custou mais de 10 milhões de euros e os seus responsáveis diziam, na abertura, que se tratava do maior parque de diversões do Noroeste da Península Ibérica. "Foi um investimento grande. Não conseguimos libertar meios para liquidar as dívidas", disse.

No imediato, ficam sem trabalho dez funcionários e alguns colaboradores que prestavam serviço nos períodos de mais trabalho, nomeadamente durante o Verão.