Caixa Geral de Depósitos deu milhões em crédito apesar do risco elevado

Artlant recebeu 350 milhões com um parecer negativo.

21 de janeiro de 2019 às 09:58
Sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa Foto: Tiago Sousa Dias
Caixa Geral de Depósitos Foto: Tiago Sousa Dias
Caixa Geral de Depósitos Foto: Tiago Sousa Dias

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A auditoria independente à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), entre 2000 e 2015, concluiu que foram aprovadas operações de concessão de crédito superiores mil milhões de euros, apesar de existirem pareceres de análise de risco desfavoráveis ou condicionados.

Segundo o relatório da consultora Ernst & Young, não se encontram "documentadas as justificações para a tomada de risco contrária ao parecer" da Direção de Gestão de Risco, nem existe "evidência que tenha sido obtida toda a informação exigível para fundamentar a aprovação da operação", como estudos de viabilidade.

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Por exemplo, à Artlant – a fábrica petroquímica em Sines que se transformou numa das maiores devedoras da CGD - foram concedidos 350,8 milhões, numa das operações, apesar da existência de um parecer desfavorável.

À Fundação Berardo concedeu 267 milhões. Para a comentadora da CMTV Joana Amaral Dias, que ontem deu a conhecer o documento no ‘CM Jornal 20h’, as conclusões provam que a CGD ,"entre 2000 e 2015, foi um autêntico regabofe". Nesse período passaram pela administração nomes como Armando Vara.

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