Caixa Geral investe 224 milhões em Vale de Lobo

Participação envolveu a compra de cinco sociedades offshore.

12 de setembro de 2015 às 09:18
11-09-2015_23_15_15 8 caixa 1.jpg Foto: Lusa/Luís Costa
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A participação da CGD no negócio de Vale do Lobo, que terá gerado o pagamento de luvas a José Sócrates e Armando Vara, envolveu a compra de cinco sociedades offshore que controlavam uma parte do património do empreendimento de luxo. No dia do negócio, o Grupo CGD financiou a Resortpart, compradora de Vale do Lobo, em 224 milhões de euros: a CGD, na qual Vara era administrador, emprestou 196 milhões de euros e a Wolfpart, empresa da CGD que era acionista da compradora, concedeu um crédito de 28 milhões de euros.

A escritura de compra e venda de Vale do Lobo foi realizada a 18 de dezembro de 2006: neste dia, a Vale do Lobo – Resort Turístico de Luxo (VDL-RTL), empresa-mãe daquele empreendimento, e as suas participadas, entre as quais cinco sociedades offshore, foram adquiridas pela Resortpart, revela relatório e contas da VDL-RTL de 2007.

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Ou seja, na altura, parte de Vale do Lobo era detida pelas sociedades offshore Bigshelter, Shelteroom e Holdershelter, todas sediadas nas Antilhas Holandesas, e Santed Investments e Thiviers, ambas com sede em Gibraltar. Ao que o CM apurou, a CGD impôs como condição para a concretização do negócio que essas offshores constituíssem uma sucursal em Portugal.

A 29 de dezembro de 2006, as cinco offshores formaram uma representação em Portugal, todas em Lisboa. Em setembro de 2007, a Resortpart fundiu-se com a VDL-RTL e, em 2011 e 2012, as offshores fundiram-se também com a VDL-RTL. O património dessas sociedades passou para a VDL-RTL.

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