Centeno traz bons números ao Parlamento mas PSD ataca com a Caixa
Centeno garante que défice não será superior a 2,1% do PIB.
O ministro das Finanças apresentou um quadro positivo da economia portuguesa em 2016 aos deputados da comissão de Orçamento e Finanças, mas o PSD não deixou cair a polémica sobre a Caixa Geral de Depósitos e as sms trocadas entre Mário Centeno e o antigo presidente do banco público, António Domingues.
"A economia possui hoje os mais sólidos alicerces para garantir um crescimento económico sustentado" e "o défice em 2016 será o mais baixo da história da nossa democracia e não será superior a 2,1%", disse o ministro após rever numa declaração inicial os números sobre o Produto Interno Bruto (PIB) apresentados pelo INE na terça-feira, que aponta para um crescimento da economia em 2016 de 1,4%. Centeno adiantou também que "Portugal vai finalmente sair do Procedimento por Défice Excessivo", em 2017.
O ministro das Finanças é ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças no mesmo dia em que se conhece que há dois SMS de Centeno que dão garantias a António Domingues sobre a ausência da entrega de declarações dos gestores da Caixa ao Tribunal Constitucional e que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi informado do conteúdo dessas mesmas mensagens.
Por isso, o PSD não voltou ao tema e, pela voz do deputado António Leitão Amaro, acusou Mário Centeno de ser "um ainda ministro das Finanças de autoridade arrasada".
"Porque esconde e não deixa que se conheçam todas as formas de correspondência, inclusive mensagens", desafiou Leitão Amaro.
Na resposta, Mário Centeno evitou o tema da polémica troca de SMS com António Domingues, frisando apenas que "a situação da CGD é hoje mais clara e transparente do que era há um ano". Regressando quase de imediato aos números da economia nacional e ao bom desempenho económico de Portugal.
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